segunda-feira, 31 de agosto de 2009

UMA VERSÃO ALTERNATIVA DA DUPLA DINÂMICA

No mesmo bat-canal

Histórias alegres, vilões de segunda categoria e armadilhas nonsense... o Homem-Morcego tornava-se um sucesso de audiência também na TV

Por Claudio Murena



Após a aposentadoria de Bruce Wayne, uma nova dupla dinâmica é formada com Dick Grayson como Morcego, enquanto Bruce Wayne Jr; o filho de Batman com Kathy Kane, a Batwoman, tornava-se o novo Menino-Prodígio. A dupla dinâmica do futuro estreou em Batman 131 (abril de 1960) e depois teve outras aventuras publicadas nos anos seguintes, sempre contadas pelo mordomo Alfred, que narrava os episódios da dupla aos patrões.
Anos mais tarde, alguns desses elementos foram incorporados na cronologia da chamada Terra 2 ou Terra Paralela. Nesta versão, porém, Batman se casou com Selyna Kyle, a Mulher-Gato, e a filha do casal se tornou a Caçadora original. O Batman da Terra Paralela assumiu a posição de Chefe de Polícia de Gotham após a aposentadoria do Comissário Gordon, deixando Dick Grayson no combate ao crime. O Robin da Terra 2, no entanto, nunca assumiu a identidade de Batman.
Batman II e Bruce Wayne Jr. apareceram novamente na minissérie Gerações, escrita e desenhada por John Byrne em 1999. A obra homenageia esses clássicos personagens e mostra a história dos maiores heróis da DC, da década de 40 aos anos 2000, com as passagens de Bruce, Dick e Bruce Jr. em diferentes gerações do Batman.


FONTE: MUNDO DOS SUPER-HERÓIS # 11 - JULHO/AGOSTO 2008

Radiohead - Fake Plastic Trees

Veja Kurt Cobain em Guitar Hero 5

Líder do Nirvana aparece em vídeo e imagem

by Érico Borgo

Depois de Carlos Santana, Shirley Manson e Johnny Cash, é a vez de Kurt Cobain aparecer em sua versão animada em Guitar Hero 5. Veja abaixo um trailer - embalado por "Smells Like Teen Spirit" e "Lithium" - e imagem.




O quinto capítulo na série de games musicais que iniciou o gênero terá novo visual e implementações inéditas na jogabilidade, além de canções e artistas que nunca participaram de um game nesse estilo.


O jogo sai em 1º de setembro para Xbox 360, PS3, PS2 e Wii.

FONTE:OMELETE

Walt Disney Company compra a Marvel Entertainment

Notícia pegou o mundo do entretenimento de surpresa

By Érico Borgo



A notícia pegou o mundo do entretenimento de surpresa nesta segunda-feira: a Walt Disney Company comprou a Marvel Entertainment, Inc. e seu catálogo de mais de 5 mil personagens. Sim, Homem-Aranha e Mickey Mouse agora são parte do mesmo grupo empresarial.

A aquisição, segundo comunicado oficial, é parte de uma estratégia da Disney de foco em "conteúdo de marcas de qualidade, inovação tecnológica e expansão internacional".

A compra foi efetuada por aproximadamente 4 bilhões de dólares. Com isso, a Disney passa a ter um portfolio de personagens que inclui alguns dos mais lucrativos do mercado do entretenimento hoje, como Homem de Ferro, X-Men, Capitão América, Quarteto Fantástico e Thor. O que isso significa para os acordos de publicação, distribuição e adaptação em mídias diversas ainda é incerto - mas os contratos atuais devem ser honrados, com mudanças a médio e longo prazo.

O board de diretores das duas empresas já aprovou a aquisição, mas ela ainda deve ser submetida às leis antitruste dos Estados Unidos.

O Omelete publicará um artigo analisando o assunto ainda hoje. Aguarde.

Atualização - 12h20 - Como esperado, a Disney informou que todos os contratos vigentes serão honrados, incluindo aí os acordos cinematográficos com Sony (Homem-Aranha, Motoqueiro Fantasma), Paramount (Vingadores, Homem de Ferro) e Fox (Wolverine, X-Men). Além disso, John Lasseter, diretor criativo da Disney Animation e chefão da Pixar, declarou que encontrou-se com representantes da Marvel para discutir possibilidades criativas de trabalho entre as duas empresas.



FONTE: OMELETE
COLEÇÃO FOLHA
GRANDES ESCRITORES BRASILEIROS

8

LIMA BARRETO

Triste Fim de
Policarpo
Quaresma

(1915)

2008

Titular dos direitos de edição: NOVA FRONTEIRA S.A.

É muito comum que se descreva o major Policarpo Quaresma como uma espécie de Dom Quixote tupiniquim. A analogia é bem aplicada. Após muitos anos levando uma vida pacata, imerso numa quantidade imensa de livros, um belo dia esse discreto personagem resolve sair por aí propondo soluções aparentemente fora de propósito para melhorar o mundo que o cerca. Causa incômodo e confusão e é logo tachado de idealista lunático.
Mas encaixar o protagonista de Triste Fim de Policarpo Quaresma apenas nessa definição é deixar para segundo plano o verdadeiro objetivo que a pena afiada do escritor carioca Lima Barreto (1881-1922) buscava atingir.
O romance é um retrato inconformado da parasitária e presunçosa sociedade suburbana do Rio de Janeiro e da situação política do Brasil durante os primeiros, e instáveis, tempos da República.
Quaresma é um nacionalista obcecado pela ideia de que pode melhorar o Brasil através do conhecimento de suas riquezas e do empreendimento voluntário. Aprende tupi e costumes indígenas com a intenção de disseminá-los. Estuda os rios e cultiva a terra com as próprias mãos. Enfrenta saúvas, ervas daninhas e o desânimo da gente do campo. Por fim, alia-se às forças do então presidente Floriano Peixoto, imaginando que a vitória do Marechal contra os oficiais revoltosos abriria espaço para a modernização do país. Uma vez conquistada sua confiança, imaginava Quaresma, suas propostas seriam ouvidas e, quiçá, implementadas.
Todas essas tentativas, porém, fracassam diante do desânimo e da incompreensão geral com que suas iniciativas são recebidas. Enfim, o espectro da loucura, que desde o começo espreitava o personagem - e que, na vida real do autor, sempre foi uma presença constante -, surge então como real ameaça a seus sonhos.


SYLVIA COLOMBO
Repórter da Ilustrada
(255 págs.)

domingo, 30 de agosto de 2009

FABRICANTE DE SONHOS

Criador

Graças à sua abordagem pouco convencional, Neil Gaiman é dos mais elogiados roteiristas de quadrinhos da atualidade

Por Maurício Muniz



Seus textos misturam terror, magia e até humor na medida certa. Como resultado, nos últimos 20 anos, o inglês Neil Gaiman é um dos quadrinhistas mais cultuados do mundo. Tanto, que seu Sandman talvez seja o personagem mais relevante dos anos 90, período marcado por uma infinidade de trabalhos ruins que quase levaram as grandes editoras à falência. Gaiman foi fino aperitivo nessa década recheada de culinária pobre.
Neil Richard Gaiman nasceu na cidade inglesa de Portchester, em 10 de novembro de 1960. Filho do dono de uma rede de mercados e uma farmacêutica, o garoto teve uma infância normal, na qual uma de suas diversões era ler gibis norte-americanos. Embora gostasse de super-heróis, em sua lista de personagens favoritos sempre contavam heróis pouco convencionais, como Spirit, Monstro do Pântano, Vingador Fantasma e Etrigan, o Demônio. Da mesma forma, suas revistas preferidas eram House of Secrets, House of Mystery e Witching Hour, todos títulos de terror da DC. Não por coincidência, muitos desses personagens e cenários apareceriam na obra de Gaiman ao longo dos anos seguintes.
Numa ocasião quando Gaiman ainda era pré-adolescente, um consultor vocacional passou por sua escola e perguntou ao garoto o que ele queria ser quando crescesse. "Escritor de quadrinhos americanos", respondeu sem demonstrar nenhuma dúvida.


FONTE: MUNDO DOS SUPER-HERÓIS # 11 - JULHO/AGOSTO 2008
JUSTIÇA # 1 (MARÇO/2007)
R$ 4,90
Panini Comics









JUSTIÇA
LIGA DA JUSTIÇA DA AMÉRICA
Argumento: Jim Krueger & Alex Ross
Roteiro: Jim Krueger
Arte: Doug Braithwaite & Alex Ross
Tradução & adaptação: Jotapê Martins/FD
Letras: Júlio Nogueira

Justice 1-A
Comic Book by DC, Oct 2005

BATWOMAN E SUA BOLSA DE UTILIDADES





Com a opinião pública voltada contra os quadrinhos, a DC resolveu seguir o caminho mais seguro. Um dos universos mais atingidos foi o do Homem-Morcego, já que os criminosos deixaram de ser perigosos, as ameaças se tornaram menos reais e Gotham City se tornou menos sombria. Mas algo ainda precisava ser feito quanto às acusações de homossexualidade que Wertham lançou. Assim, em 1956, uma nova heroína foi acrescentada à batfamília. Batwoman estreou em Detective Comics 233, numa história escrita por Bob Kane e ilustrada por Sheldon Moldolf. Ela era na verdade a socialite Kathy Kane, que se inspirou no Batman para criar uma identidade heróica e combater o crime.
Ela utilizava uma bolsa de utilidades cheia de apetrechos, como batons, presilhas de cabelo e braceletes especiais desenvolvidos para o combate ao crime. Ela se tornou o principal interesse romântico do Homem-Morcego durante alguns anos, mas com a volta do realismo às histórias do Batman, ela foi esquecida por muitos anos e só ressurgiu para morrer, em Detective Comics 485, de 1979. Recentemente, uma nova Batwoman, chamada Kate Kane, surgiu em Gotham, mas pouco foi revelado sobre ela.


FONTE: MUNDO DOS SUPER-HERÓIS # 11 - JULHO/AGOSTO 2008
CYNTHIA
Título Original
CYNTHIA



E. V. CUNNINGHAM

Copyroght by William
Morrow and Company, Inc.

(1968)


Todos os direitos reservados à
Círculo do Livro.
Edição: 1974

Capítulo um

Alex Hunter, meu chefe, admira a coerência. Até hoje, ninguém o acusou de incoerente; ele é desagradável quando deseja ser e também ao pretender mostrar-se agradável. Correm rumores de que, em algum lugar, tem mulher e filhos. Não os invejo. Hunter é chefe do departamento de investigações da terceira mais importante companhia de seguros do mundo, e eu ainda continuo trabalhando para ele porque, quando me demite, os lá de cima conversam com ele e o abrandam, e também porque tenho de pagar aluguel e pensão alimentar, principalmente pensão alimentar. Está com quase sessenta anos, grisalho e ranzinza, e tem mentalidade de tira.
Cumprimentou-me com o tédio habitual nessa manhã de princípios de março e fez seu comentário sobre o tempo.
- Março é um mês chato pra burro - disse.
Interpretei isso como uma observação amigavelmente exploratória, e sabia que ele desejava alguma coisa que resultasse em dinheiro. Eu não fazia a mínima ideia do que pudesse ser. Nenhum grande desvio de jóias ultimamente, nenhum iate roubado, nenhum Picasso surripiado furtivamente de museu... Adotei minha expressão estupidificada, inocente e infantil, e disse com jovialidade:
- Bom dia, Mr. Hunter. Tem razão, senhor, em março o tempo aqui em Nova York é bastante inclemente.

tradução de Luiz Fernandes

(224 págs.)
WOLVERINE # 26 (Janeiro de 2007)
R$ 6,90
Panini Comics












ORIGENS & DESTINOS
CAPÍTULO II DE V
"Origins and Endings, Chapter Two"

Roteiro: Daniel Way
Desenhos: Javier Saltares
Arte-final: Mark Texeira
Cores: J.D. Smith
Tradução & Adaptação: Mario Luiz C. Barroso
Letras: Gisele Tavares

Wolverine (Vol 3) 37-A
Comic Book by Marvel, Feb 2006



















COLOSSUS:
LINHAGEM MACABRA

Roteiro: David Hine
Arte: Jorge Lucas
Cores: Tom Chu
Tradução & Adaptação: Mario Luiz C. Barroso
Letras: Gisele Tavares

X-Men: Colossus - Bloodline 4-A
Comic Book by Marvel, Feb 2006


















TRINTA DINHEIROS
UMA HISTÓRIA EM DUAS PARTES

PARTE DOIS: CONFISSÕES SINCERAS

"Thirty Pieces Part 2 of 2"
CABLE E DEADPOOL
Roteiro: Fabian Nicieza
Desenhos: Patrick Zircher
Arte-final: M3TH, dos Estúdio Udon, com Derek Fridolfs
Cores: Gotham
Tradução & Adaptação: Mario Luiz C. Barroso
Letras: Gisele Tavares
Cable criado por Rob Liefeld & Louise Simonson
Deadpool criado por Rob Liefeld & Fabian Nicieza

Cable & Deadpool 12-A
Comic Book by Marvel, Abr 2005



















FATOR X
X-FACTOR
Roteiro: Peter David
Desenhos: Ryan Sook
Arte-final: Wade von Grawbadger
Cores: Jose Villarrubia
Tradução & Adaptação: Mario Luiz C. Barroso
Letras: Gisele Tavares

X-Factor (Vol 3) 1-A
Comic Book by Marvel, Jan 2006

O ATAQUE DE WERTHAM





Com o fim da Segunda Guerra, os Estados Unidos assumiram uma postura anti-comunista e conservadora. O medo de uma guerra contra os russos e o zelo pela moral e pelos bons costumes geraram uma verdadeira caça às bruxas que se estendeu a todas as classes sociais e áreas da sociedade americana, inclusive os quadrinhos.
O psicólogo Fredric Wertham foi o maior perseguidor dos quadrinhos nessa época, publicando o famigerado livro Sedução do Inocente em 1954. Um dos maiores alvos do livro foi o Homem-Morcego. Wertham alegava que era impróprio que um homem solteiro vivesse sozinho com um jovem órfão e um mordomo, o que insinuaria tendências homossexuais nos personagens. Usando imagens e textos das histórias, claramente fora de contexto, o senado defendia que as aventuras do Morcego levavam a garotada rumo à violência, à delinquência juvenil e à homossexualidade. Essas acusações perseguiram o personagem por muitos anos, o que levou os editores a abrandarem suas histórias e a introduzirem novos personagens.


FONTE: MUNDO DOS SUPER-HERÓIS # 11 - JULHO/AGOSTO 2008
O
TESTAMENTO
DE SÃO JOÃO

Título Original
EL TESTAMENTO DE SAN JUAN



J. J. BENÍTEZ

Editorial Planeta, Barcelona
(Espanha)

(1989)


Todos os direitos reservados à
Editora Mercuryo Ltda.
Edição: 1996

Setenta e três anos após a morte e ressurreição de Jesus Cristo, João de Zebedeu, então com cem anos de idade, e vendo próxima a sua morte, resolver escrever de Efeso sua última Epístola, depois de observar que as várias correntes do cristianismo estavam falseando e pondo em risco a grande mensagem Crística.
Nesta derradeira mensagem o Evangelista confessa seus erros e os daqueles que formaram o primigênio colégio apostólico, Segundo João, a mensagem de Jesus Cristo foi manipulada e deformada, o que terminou por ocasionar a ruptura entre os apóstolos. Seus relato encanta o leitor pela magia e poesia das visões dos mundos e das criaturas celestiais descritos pelo "filho do trovão."
O assunto e a estrutura da obra lembram muito o próprio Apocalípse, do mesmo João Evangelista, e alguns apócrifos - do Velho e do Novo Testamento - quando ele descreve essas visões celestiais.
A leitura desta obra proporciona-nos um pouco mais de conhecimento sobre o "discípulo amado".


(243 págs.)

sábado, 29 de agosto de 2009

Skank - Sutilmente

WOLVERINE # 25 (Dezembro de 2006)
R$ 6,90
Panini Comics












ORIGENS & DESTINOS
CAPÍTULO UM
"Origins & Endings, Chapter One"

Roteiro: Daniel Way
Desenhos: Javier Saltares
Arte-final: Mark Texeira
Cores: J.D. Smith
Tradução & Adaptação: Mario Luiz C. Barroso
Letras: Gisele Tavares

Wolverine (Vol 3) 36-A
Comic Book by Marvel, Jan 2006



















COLOSSUS:
LINHAGEM MACABRA

Roteiro: David Hine
Arte: Jorge Lucas
Cores: Tom Chu
Tradução & Adaptação: Mario Luiz C. Barroso
Letras: Gisele Tavares

X-Men: Colossus - Bloodline 3-A
Comic Book by Marvel, Jan 2006


















TRINTA DINHEIROS
UMA HISTÓRIA EM DUAS PARTES

PARTE UM: PRESA & PREDADOR

"Thirty Pieces Part 1 of 2"
CABLE E DEADPOOL
Roteiro: Fabian Nicieza
Desenhos: Patrick Zircher
Arte-final: M3TH, dos Estúdio Udon
Cores: Gotham
Tradução & Adaptação: Mario Luiz C. Barroso
Letras: Gisele Tavares
Cable criado por Rob Liefeld & Louise Simonson
Deadpool criado por Rob Liefeld & Fabian Nicieza

Cable & Deadpool 11-A
Comic Book by Marvel, Mar 2005



















PRISIONEIRO NÚMERO ZERO
"Prisoner Number Zero"
WOLVERINE
Roteiro: Mark Millar
Arte: Kaare Andrews
Cores: Jose Villarrubia
Tradução & Adaptação: Mario Luiz C. Barroso
Letras: Gisele Tavares
Agradecimentos especiais: Andrew Devenney & Andrew Wickliffe.

Wolverine (Vol 3) 32-A
Comic Book by Marvel, Nov 2005

OS MELHORES DO MUNDO SE REÚNEM





Era previsível que a DC Comics reunisse dois dos seus personagens - Batman e Superman - mais importantes em uma revista. Foi isso que ocorreu com o lançamento de World's Finest 1, em 1941. A revista continha histórias tanto do Homem-Morcego quanto do Homem de Aço, mas estranhamente, os universos dos dois personagens não se misturavam. Foi somente no ano de 1954, com a edição 71 da revista, que um conheceu o outro, numa história em que eles revelam suas identidades secretas.
Esse evento histórico marcou o início de uma longa amizade, que se estende até os dias de hoje.
Também foi uma nova fase da revista, que passou a apresentar apenas histórias com encontros entre os dois personagens (e, por um período curto nos anos 70, entre outros personagens também).
World's Finest foi dos mais bem-sucedidos da história da DC e publicado continuamente até 1986. Hoje existe uma nova versão da revista, também dedicada aos dois maiores heróis da DC, intitulada simplesmente Superman/Batman.


FONTE: MUNDO DOS SUPER-HERÓIS # 11 - JULHO/AGOSTO 2008
operação CAVALO DE TRÓIA
Kennereth

Título Original
CABALLO DE TROYA 3


3

J. J. BENÍTEZ

Editorial Planeta, Barcelona
(Espanha)

(1987)


Todos os direitos reservados à
Editora Mercuryo Ltda.
Edição: 1996

Os dois primeiros volumes de Operação Cavalo de Tróia relatam a impressionante viagem do Major norte-americano que, a bordo de um módulo projetado pela USAF, desloca-se no tempo até a Palestina do ano 30 e acompanha ativamente os último onze dias da vida terrena de Jesus, sua Paixão e morte e as primeiras evidências de sua Ressureição.
Em Operação Cavalo de Tróia 3, o cenário é a Galiléia, região de pescadores, onde o Nazareno acolheu seus apóstolos e onde pregou e viveu por muitos anos. Jamais foi feita uma narração com tanta riqueza de detalhes sobre suas aparições às margens do Tiberíades, o Kennereth.
Sobre a infância de Jesus - uma época totalmente omitida pelos evangelistas - ficamos sabendo como era sua vida em Nazaré com os pais, irmãos, quem eram seus amigos, sua sensibilidade para as artes e como se passou o episódio de sua discussão com os doutores do Templo.
A minuciosa descrição do "Corpo Glorioso", ou seja, a constituição do corpo ressuscitado de Jesus, segundo a análise feita por cientistas, é outra instigante surpresa.


(456 págs.)

Nando Reis - Livre como um Deus

Jason Mraz - I'm Yours

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Destino


à ternura pouca
me vou acostumando
enquanto me adio
servente de danos e enganos

vou perdendo morada
na súbita lentidão
de um destino
que me vai sendo escasso

conheço a minha morte
seu lugar esquivo
seu acontecer disperso

agora
que mais
me poderei vencer?


Mia Couto, in "Raiz de Orvalho e Outros Poemas"

WOLVERINE # 24 (Novembro de 2006)
R$ 6,90
Panini Comics












CAÇANDO FANTASMAS
PARTE DOIS DE TRÊS
"Chasing Ghosts, Part Two of Three"

Roteiro: Daniel Way
Desenhos: Javier Saltares
Arte-final: Mark Texeira
Cores: Paul Mounts
Tradução & Adaptação: Mario Luiz C. Barroso
Letras: Gisele Tavares

Wolverine (Vol 3) 34-A
Comic Book by Marvel, Dec 2005



















CAÇANDO FANTASMAS
CONCLUSÃO
"Chasing Ghosts Conclusion"

Roteiro: Daniel Way
Desenhos: Javier Saltares
Arte-final: Mark Texeira
Cores: Paul Mounts
Tradução & Adaptação: Mario Luiz C. Barroso
Letras: Gisele Tavares

Wolverine (Vol 3) 35-A
Comic Book by Marvel, Dec 2005



















COLOSSUS:
LINHAGEM MACABRA

Roteiro: David Hine
Arte: Jorge Lucas
Cores: Tom Chu
Tradução & Adaptação: Mario Luiz C. Barroso
Letras: Gisele Tavares

X-Men: Colossus - Bloodline 2-A
Comic Book by Marvel, Dec 2005


















"CAÇADA AO MESSIAS"
PARTE QUATRO: PECADORES POR NATUREZA

"The Burnt Offering Part 4"
CABLE E DEADPOOL
Roteiro: Fabian Nicieza
Desenhos: Patrick Zircher
Arte-final: Rob Ross & M3TH, do Estúdio Udon
Cores: Gotham Studios
Tradução & Adaptação: Mario Luiz C. Barroso
Letras: Gisele Tavares
Cable criado por Rob Liefeld & Louise Simonson
Deadpool criado por Rob Liefeld & Fabian Nicieza

Cable & Deadpool 10-A
Comic Book by Marvel, Feb 2005
COLEÇÃO FOLHA
GRANDES ESCRITORES BRASILEIROS

9

VINICIUS DE MORAES

Para Viver um
Grande Amor

(1962)

2008

Titular dos direitos de edição: NOVA FRONTEIRA S.A.

O Vinicius cronista, em Para Viver um Grande Amor - tão mestre das palavras quanto o Vinicius poeta ou o Vinicius letrista. E tão apaixonado quanto.
Foi este o deslumbramento provocado por seu primeiro livro de prosa, em fins de 1962. Era composto de crônicas escritas, quase todas, para o jornal Última Hora, de 1959 até aquela data. Mas, hoje, pode-se perguntar: escritas para a Última Hora ou apenas publicadas pelo vespertino carioca?
Sim, porque uma coisa era ler essa crônicas dia sim, outro não, no jornal. Outra era tê-las em livro, para serem lidas em sequência, várias de cada vez, ou todas, de uma sentada. Pois, como diz o próprio Vinicius na introdução, havia uma "unidade evidente" que enfeixava o material: "a de um grande amor". E havia mesmo. Porque eram crônicas escritas para a mulher com quem, naquele exato período, ele vivia um de seus mais inspiradores casamentos: a bela Maria Lucia Proença.
Quando Vinicius escreve sobre sua infância na ilha, a casa de sua mãe ou a morte de seu pai, é para Lucia que ele escreve. São poemas em prosa, em que ele se abre sem pudor, e nenhum é mais confessional que a crônica-título "Para Viver um Grande Amor", um de seus maiores textos em prosa ou poesia. Mas há também o genial dadaísmo de "Smith-Corona Versus Var-69", a classificação das mulheres em "Química Orgânica" e o adeus a Paul Éluard em "Sobre os Degraus da Morte", todos dignos de antologia.
Que bom para os cronistas que Vinicius não quisesse ser um deles em tempo integral...


RUY CASTRO
Colunista da Folha
(205 págs.)

MORCEGOS DO MUNDO TODO

Herói sob censura

Batman passou boa parte da década de 50 assolado por críticos ferozes. Como resultado, suas HQs ficaram nada sombrias

Por Antônio Santos



Em 1951 surgiu na revista Batman 62 um personagem curioso que imitava o Homem-Morcego: o Cavaleiro (Percy Sheldrake) era um nobre inglês que se inspirou no Batman e decidiu combater o crime por conta própria. O Cavaleiro tinha até um parceiro adolescente chamado Cyril, que era seu filho e usava a identidade de Escudeiro. A história fez algum sucesso e nos meses seguintes apareceram outros "Batmen" de várias nações. Isso permitiu que, em 1955, surgisse um dos grupos mais bizarros dos quadrinhos: o Clube dos Heróis Internacionais.
Liderado pelo próprio Batman, o grupo era muito "globalizado" e contava com o Gaúcho (protetor dos pampas argentinos); o Legionário (que defende a Itália dos criminosos); o Mosqueteiro (espachim da França); o Cavaleiro e o Escudeiro (a dupla dinâmica inglesa); o Ranger (herói australiano) e o Wingman (herói europeu de nacionalidade indefinida). O grupo também chegou a ser liderado pelo Superman na revista World's Finest 89 (1957). Mas, com o fim da Era de Prata, o Clube dos Heróis Internacionais caiu na obscuridade. Só recentemente, nas histórias escritas por Grant Morrison, os heróis reapareceram para ajudar o Homem-Morcego.
Uma curiosidade: ainda nos anos 50, Bill Finger e Jack Kirby fizeram uma versão desse grupo, com o Arqueiro Verde no lugar do Batman. Assim, o herói acaba conhecendo arqueiros do mundo todo que combatem o crime inspirados por ele. Entre eles temos o Arqueiro britânico, o Fantasma da França e arqueiros sem nome da Polinésia, México, Japão e Suiça.


FONTE: MUNDO DOS SUPER-HERÓIS # 11 - JULHO/AGOSTO 2008

The Wallflowers - I Started a Joke

operação CAVALO DE TRÓIA
Segunda Viagem

Título Original
CABALLO DE TROYA 2


2

J. J. BENÍTEZ

Editorial Planeta, Barcelona
(Espanha)

(1986)


Todos os direitos reservados à
Editora Mercuryo Ltda.
Edição: 1996

Quem se deixou envolver pela magia da Operação Cavalo de Tróia, certamente se verá atraído pela continuação do diário do major norte-americano.
Ao descrever fatos surpreendentes da intriga internacional, J.J. Benítez prepara o espírito do leitor para as mais emocionantes etapas que sucederão ao lançamento do módulo americano, em sua segunda grande viagem no tempo.
Desta vez, o "berço" parte de Massada, ao sul de Israel, levando Jasão e Eliseu novamente de volta ao ano 30, ao encontro de Jesus de Nazaré.
Nesta segunda exploração, o diário do Major registra fatos acontecidos após a Ressurreição do Mestre e revela o conteúdo da "gravação" realizada durante a Última Ceia com os apóstolos.
Quantas surpresas e quantos fatos não revelados pelos quatro evangelistas!
Aqueles que se interessam pelo que existe de mais transcendental no tema e abrirem seu coração para sentir, serão inevitalmente tocados por um sentimento de profunda reverência e uma emoção indescritível.


(496 págs.)

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

SUPER-HOMEM # 22 (ABRIL/1986)
R$ 18,00
Editora Abril










A KRYPTONITA QUE PULSA VIDA!
SUPER-HOMEM X METALLO
Roteiro: Martin Pasko
Desenhos: Curt Swan
Arte-Final: Tex Blaisdell
Letras: José Luiz
Cor: Cleusa Acosta

Superman (Vol 1) 310-A
Comic Book by DC, Mar 1977



















ENVIADO DO ALÉM
AMETISTA, A PRINCESA DO MUNDO DE CRISTAL
Argumento: Dan Mishkin & Gary Cohn
Desenhos: Keith Giffen
Arte: Ernie Colón
Letras: E. Gasparim
Cor: Cleusa Acosta

Amethyst, Princess of Gemworld (Vol 1) 8-A
Comic Book by DC, Dec 1983


















COM CARINHO E COM BRAVURA
LEGIÃO DOS SUPER-HERÓIS
Argumento: Paul Levitz
Desenhos: Howard Bender
Arte-Final: Rodin Rodriguez
Letras: José Luiz T. Pinto
Cor: Cleusa M. C. Acosta

Legion of Super-Heroes (Vol 2) 291-A
Comic Book by DC, Sep 1982


















A ASCENSÃO DAS TREVAS
LEGIÃO DOS SUPER-HERÓIS
Argumento: Paul Levitz
Desenhos: Keith Giffen
Arte-Final: Larry Mahlstedt
Letras: Lilian Toshimi
Cor: Sérgio Vilela

Legion of Super-Heroes (Vol 2) 292-A
Comic Book by DC, Oct 1982
COLEÇÃO FOLHA
GRANDES ESCRITORES BRASILEIROS

7

MANUEL BANDEIRA

Libertinagem
&
Estrela
da Manhã

(1930/1936)

2008

Titular dos direitos de edição: NOVA FRONTEIRA S.A.

Não sei exatamente quando conheci ou descobri Bandeira, mas sei que isso aconteceu há muito tempo, e que a poesia dele mudou a minha maneira de ver a vida - mudou a minha vida. Estrela da (minha) vida inteira, Bandeira me fez antever, constatar, confirmar ou consolidar sentimentos que, inexoráveis, os encontros e desencontros vicissitudinários se encarregaram de me apresentar: o da admissão do próprio fracasso ("Andorinha, Andorinha, minha cantiga é mais triste! / Passei a vida à toa, à toa"), o da absoluta impotência diante do sofrimento do ser amado ("Ah se em troca de tanta felicidade que me dás / Eu te pudesse repor / -Eu soubesse repor- / No coração despedaçado / As mais puras alegrias de tua infância!") e, sobretudo, o da aguda consciência da miséria humana ("Este sabia que a vida é uma agitação feroz e sem finalidade / Que a vida é traição").
Sou dos que crêem que os poetas são seres eleitos pelos deuses para traduzir a alma de um povo ou a própria essência da alma humana. Bandeira é um deles. Em poemas muitas vezes curtos, pequenos, o grande Poeta expõe gotas sintéticas e densas, muito densas, de todas as nossas belezas e mazelas, virtudes e incoerências, glórias e fracassos. Nas páginas desta obra, o leitor encontrará boa parte dessas pequenas maravilhas que a pena de Bandeira lavrou.


PASQUALE CIPRO NETO
Colunista da Folha
(102 págs.)

UMA RESPEITÁVEL GALERIA DE VILÕES





Como geralmente acontece com os super-heróis, os inimigos mais memoráveis do Morcego apareceram logo nos primeiros anos de publicação do personagem. Além do Coringa, em Batman 1 (1940) também estreou a sensual Mulher-Gato (Selina Kyle), que se tornaria uma inimiga-amante-aliada recorrente do Homem-Morcego.
No ano seguinte surgiu o Pinguim (Oswald Chesterfield Cobblepot), na revista Detective Comics 58, de 1941. Outro que apareceu naquela mesma época foi o Duas-Caras (Harvey Dent, embora seu sobrenome fosse Kent nas primeiras histórias), em Detective Comics 66 (1942).
Esse personagem, mais que todos os vilões do Batman, foi vítima da postura politicamente correta que os quadrinhos começavam a assumir. Um notório assassino, com um rosto desfigurado e problemas psiquiátricos intensos, Duas-Caras era visto pelos editores como um personagem forte demais. Assim, logo em sua terceira história ele fez uma operação plástica e foi curado. O personagem se manteve afastado das histórias do Morcego por quase três décadas, substituído apenas ocasionalmente por diversos personagens que se faziam passar pelo verdadeiro Duas-Caras. O verdadeiro Harvey Dent reapareceu como Duas-Caras apenas em 1968, na revista World's Finest Comics 173.


FONTE: MUNDO DOS SUPER-HERÓIS # 11 - JULHO/AGOSTO 2008
operação CAVALO DE TRÓIA
Título Original
CABALLO DE TROYA


1

J. J. BENÍTEZ

Editorial Planeta, Barcelona
(Espanha)

(1984)


Todos os direitos reservados à
Editora Mercuryo Ltda.
Edição: 1995

Existirão fronteiras intransponíveis entre o passado, o presente e o futuro?
O passado já não existe senão como memória?
O presente se extinguirá como o passado?
E o futuro, já existirá nesse momento?



Em seu refúgio no México, no fim da vida, um militar e cientista da Força Aérea norte-americana confia ao autor deste livro documentos que, surpreendentemente, revelam a execução de uma experiência que lhe permitiu voltar no tempo quase dois mil anos e ser testemunha ocular e participante dos últimos dias de Jesus Cristo na Terra, desde sua entrada em Jerusalém até sua prisão, julgamento, crucificação e ressurreição.
Esta prodigiosa experiência, batizada pela NASA de "Operação Cavalo de Tróia", teria sido realizada sigilosamente em 1973, em pleno coração de Israel.
O que segue é um relato, no mínimo impressionante pelos detalhes e minúcias, dos acontecimentos daqueles dias.
Testemunha ocular? Imaginação ou realidade?
Usando as palavras do próprio autor: "... como aconteceu com Júlio Verne, só o futuro poderá dizer se este relato foi ou não verídico".


(557 págs.)

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

BATMAN: ASSASSINO





No começo o morcego levava sua cruzada contra o crime a extremos. Em suas primeiras aventuras, O Homem-Morcego carregava armas de fogo, que usava para executar os criminosos sem qualquer piedade. Além disso, ele não tinha problemas em jogar seus inimigos do alto de prédios, usá-los como escudo humano ou derrubá-los em tanques de ácido. Só com o lançamento de sua revista-solo, em 1940, que os escritores começaram a se preocupar mais com os limites éticos do personagem. Nessa primeira edição, Batman se recusa pela primeira vez a executar um criminoso, um comportamento que se mantém até hoje. Curiosamente essa falta de limites éticos também atingia o Superman em suas primeiras histórias.


FONTE: MUNDO DOS SUPER-HERÓIS # 11 - JULHO/AGOSTO 2008
COLEÇÃO FOLHA
GRANDES ESCRITORES BRASILEIROS

4

CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE

Sentimento
do Mundo

(1940)

2008

Titular dos direitos de edição: NOVA FRONTEIRA S.A.

"Tenho apenas duas mãos/ e o sentimento do mundo". Os dois versos, abrindo o poema que dá título a este livro, são também uma introdução ao universo de Carlos Drummond de Andrade - um território literário sulcado pela ironia e pela perplexidade metafísica, dividido entre o tom prosaico (que aproxima a poesia dos problemas do homem comum, da "vida presente") e a impossibilidade da expressão (demarcando o abismo interior de cada um). Sentimento do Mundo é uma obra-chave na trajetória do poeta: publicada em 1940, confirma a sensibilidade modernista de Alguma poesia e Brejo das almas, com seu lirismo atento ao anedótico e ao coloquial, mas também desenvolve aquela complexidade que já estava presente em "No meio do caminho", o célebre poema de seu livro de estreia no qual se anunciam os pedregosos obstáculos da linguagem. A esses elementos, que Sentimento do Mundo amplia, se agregam preocupações de cunho político que passariam a ser permanentes na obra drummondiana.
O leitor tem diante de si, portanto, a síntese de uma poética que funde o registro memorialístico - como em "Confidência do itabirano", com seu desfecho entre gaiato e melancólico ("Itabira é apenas uma fotografia na parede./ Mas como dói!") - ao protesto inflamado de "Mãos dadas" e "Elegia 1938" - ambos em litígio contra um "mundo caduco". Seria preciso acrescentar que a caducidade à qual se refere Drummond não diz respeito apenas à degradação da "carne da vida" (como no áspero "Dentaduras duplas") ou das relações sociais, mas da própria linguagem poética - que, como constatamos a cada leitura de Sentimento do Mundo, o poeta não cessou de renovar.


MANUEL DA COSTA PINTO
Colunista da Folha
(77 págs.)

terça-feira, 25 de agosto de 2009

ROBIN, O MENINO-PRODÍGIO





Foi na revista Detective Comics 38 que estreou o primeiro sidekick, como são chamados os parceiros adolescentes de super-heróis. Robin, o Menino-Prodígio, cuja identidade secreta é o acrobata órfão Dick Grayson, surgiu da necessidade que Bill Finger sentia de alguém com quem Batman pudesse conversar. Finger acreditava que os recordatórios que mostravam os pensamentos do herói logo se tornariam cansativos para os leitores. Portanto, decidiu copiar as histórias de outro detetive famoso, Sherlock Holmes, criando um "Watson" para o Homem-Morcego.
O resultado foi imediato, com a edição de estreia de Robin vendendo bem mais que as edições anteriores. Em pouco tempo o menino-prodígio se tornou um dos pilares de universo do Morcego, recebendo inclusive histórias solo poucos meses depois de seu surgimento. Robin trouxe um fator de identificação para os jovens leitores da época; agora eles acompanhavam não apenas um grande herói, mas também seu fiel escudeiro, que tinha a mesma idade e os mesmos problemas que eles.


FONTE: MUNDO DOS SUPER-HERÓIS # 11 - JULHO/AGOSTO 2008

X-MEN: DEUS AMA, O HOMEM MATA (MAIO/2003)
R$ 6,50
Panini Comics

















DEUS AMA
O HOMEM MATA
"X-Men: God Loves, Man Kill"

Argumento: Christopher Claremont
Arte: Brent Eric Anderson
Tradução & adaptação: Jotapê Martins & Helcio de Carvalho
Letras: Valéria Calipo & Comicraft

X-Men: God Loves, Man Kill
Comic Book by Marvel Graphic Novel, 1982

Renato Russo - Send In The Clowns

Não é precioso?
Nós somos um par?
Eu aqui, finalmente no chão,
Você no meio do ar.
Que entrem os palhaços.

Não é um deleite?
Não vai aquiescer?
Alguém que anda chorando,
Alguém que não pode se mexer.
Onde estão os palhaços?
Que entrem os palhaços.

Logo quando comecei
A transpor o limiar,
Descobrindo finalmente
Que era com você que eu queria ficar,
Fazendo novamente minha entrada
Com o charme usual,
Minha fala decorada,
Ninguém estava lá.

Você não gosta de farsa?
Erro meu, aceito.
Pensei que você queria o que eu queria -
Desculpe o mau jeito.
Mas onde estão os palhaços?
É bom que hajam palhaços.
Rápido, que entrem os palhaços.

Mas que surpresa.
Quem poderia prever
Que eu viria a sentir por você
O que você sentia por mim?
Logo agora quando posso ver
Que você se afastou por fim?
Que surpresa.
Que clichê.

Não é precioso?
Não é difícil?
Errando o passo depois de tanto tempo
No meu ofício?
Rápido, que entrem os palhaços.
Não se incomode - eles estão aqui


COLEÇÃO FOLHA
GRANDES ESCRITORES BRASILEIROS

2

JOÃO CABRAL DE MELO NETO

Morte e Vida
Severina

(1956)

2008

Titular dos direitos de edição: NOVA FRONTEIRA S.A.

Este livro é eterno, feliz e infelizmente.
Felizmente porque são raríssimos os textos que se podem ler, depois de 30 anos, pouco mais ou pouco menos, com o mesmo prazer da primeira leitura, palavra por palavra, combinação delas uma depois da outra.
Infelizmente porque a história que o poema conta continua sendo vivida por incontáveis "severinos", meio século depois de o livro ter sido escrito. E não está à vista o momento em que cessará a saga de migrantes nordestinos buscando nova vida para fugir da

"morte de que se morre
de velhice antes dos trinta,
de emboscada antes dos vinte
de fome um pouco por dia
(de fraqueza e de doença
é que a morte severina
ataca em qualquer idade,
e até gente não nascida)."

É fuga que ganhou hofotes bem intensos em 2002, quando a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva fez com que toda a mídia fosse retirar do baú a história desse "severino" que virou presidente da República, embora já tivesse deixado fazia muito o traje de retirante e vestido ternos bem cortados.
O que ajuda mais a tornar o livro eterno é o fato de que ao texto do poeta João Cabral de Melo Neto colou-se a música de outro poeta, Chico Buarque de Hollanda, para uma peça teatral que é um dos maiores clássicos dos palcos brasileiros.
Pena que sejam ainda hoje poucos os que conseguem fugir da "morte severina" e chegam a viver uma vida menos cruel.


CLÓVIS ROSSI
Colunista da Folha
(133 págs.)

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

O SURGIMENTO DO BATMAN





Quando o Superman, criado por Siegel e Shuster, estreou na revista Action Comics 1, em 1938, ninguém imaginava que ele se tornaria um sucesso tão grande. Mas logo que os primeiros relatórios surgiram e revelaram as vendas astronômicas do personagem, a resposta da National e das outras editoras foi imediata: criar mais e mais super-heróis. A pedido dos editores da DC, um jovem artista chamado Bob Kane decidiu criar um personagem fora dos padrões: um humano normal que combate o crime através do medo. Kane explorou diversas ideias, misturando influências diversas como esboços de da Vinci, filmes expressionistas de terror e histórias pulps. O personagem chegou a ter um uniforme vermelho com máscara apenas sobre os olhos. Mas com o auxílio de seu amigo e escritor Bill Finger, Kane deu forma final ao personagem: ele ganhou um capuz que cobria todo o seu rosto e recebeu sua capa em forma de morcego. Seu uniforme mudou de vermelho para cinza e ele ganhou uma postura agressiva, impiedosa. Assim nascia o Batman, cuja primeira história foi publicada na revista Detective Comics 27, de 1939.


FONTE: MUNDO DOS SUPER-HERÓIS # 11 - JULHO/AGOSTO 2008

COLEÇÃO FOLHA
GRANDES ESCRITORES BRASILEIROS

1

MACHADO DE ASSIS

Dom
Casmurro

(1899)

2008

Titular dos direitos de edição: NOVA FRONTEIRA S.A.

Este é o maior clássico da literatura brasileira, e há alguma estranheza nisso. Trata-se de um romance negativo, sutil e sombrio como poucos, em que dificilmente se pode reconhecer a imagem, festeira e expansiva, que fazemos de nós mesmos.
Muitos brasileiros que nunca leram Dom Casmurro já ouviram, entretanto, falar da pergunta que se repete há mais de um século: "Afinal, Capitu traiu ou não traiu Bentinho?" Por melhores que tenham sido as interpretações a esse respeito, a questão não morre - e, como todo clássico, Dom Casmurro tem esse caráter de esfinge, provocando sempre o retorno, a releitura, a fascinação do mesmo enigma.
É que talvez nessa questão, bastante prosaica e, no limite, irrelevante, algo de mais profundo se concentre. Temos no Brasil a sensação de pisarmos, todos, em terreno incerto, e uma desconfiança básica nos separa do destino e das paixões que, como país, julgamos possuir.
Machado de Assis soube expressar de modo inimitável esse desconforto, esse fundo ressabiado e "oblíquo" (para repetir um adjetivo famosamente empregado neste romance) que acompanha a experiência de ser brasileiro. Os cortes precisos de frase, os capítulos secos, os diálogos brevíssimos dão a cada página de Dom Casmurro uma aparência de cristal - e, ao mesmo tempo, parecem apenas acrescentar mais e mais camadas de imprecisão e ambiguidade ao relato. Como se cada faceta não decompusesse a luz nas cores do arco-íris, mas sim desdobrasse, em novos matizes, uma sombra, uma escuridão que é nossa e do país em que vivemos.


MARCELO COELHO
Colunista da Folha
(332 págs.)

domingo, 23 de agosto de 2009

WOLVERINE # 23 (Outubro de 2006)
R$ 6,90
Panini Comics












CAÇANDO FANTASMAS
PARTE UM DE TRÊS
"Chasing Ghosts, Part One of Three"

Roteiro: Daniel Way
Desenhos: Javier Saltares
Arte-final: Mark Texeira
Cores: Paul Mounts
Tradução & Adaptação: Mario Luiz C. Barroso
Letras: Gisele Tavares

Wolverine (Vol 3) 33-A
Comic Book by Marvel, Nov 2005



















ARMA X:
DIAS DE UM FUTURO PRESENTE
PARTE 5 DE 5

Por Frank Tieri & Andy Smith
Arte-final: Mark Pennington
Cores: Michael Atiyeh
Tradução & Adaptação: Mario Luiz C. Barroso
Letras: Gisele Tavares

Weapon X: Days of Future Now 5-A
Comic Book by Marvel, Jan 2006


















COLOSSUS:
LINHAGEM MACABRA

Roteiro: David Hine
Arte: Jorge Lucas
Cores: Tom Chu
Tradução & Adaptação: Mario Luiz C. Barroso
Letras: Gisele Tavares

X-Men: Colossus - Bloodline 1-A
Comic Book by Marvel, Nov 2005


















"CAÇADA AO MESSIAS"
PARTE TRÊS: FARTA DISTRIBUIÇÃO DE PORRADA

"The Burnt Offering Part Three"
CABLE E DEADPOOL
Roteiro: Fabian Nicieza
Desenhos: Patrick Zircher
Arte-final: Rob Ross & M3TH, do Estúdio Udon
Cores: Shane Law & Kevin Yan, do Estúdio Udon
Tradução & Adaptação: Mario Luiz C. Barroso
Letras: Gisele Tavares
Cable criado por Rob Liefeld & Louise Simonson
Deadpool criado por Rob Liefeld & Fabian Nicieza

Cable & Deadpool 9-A
Comic Book by Marvel, Jan 2005