sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

BILL FINGER E MARTIN NODELL

Green Lantern Vol 1 #1 
Fall, 1941

O roteirista e o desenhista foram os criadores do Lanterna Verde (Alan Scott) em 1940. Bill Finger é conhecido por, um ano antes, ter criado o Batman ao lado de Bob Kane. No início dos anos 40, Finger dividiu seu tempo entre dois heróis e ainda colaborou em histórias de outros menos conhecidos. Depois que o Lanterna Verde ganhou seu próprio título, Green Lantern, o nome de Finger começou a rarear nos créditos até que, a partir da 7, de 1943, Martin Nodell passou a assinar sozinho a revista. Bill Finger morreu em 1974, pouco antes de completar 60 anos.

Martin Nodell foi responsável pela concepção visual do Lanterna Verde e desenhou as primeiras histórias sob o pseudônimo de Mart Dellon. Numa entrevista em 2000, ele contou que foi inspirado por um trabalhador que orientava o fluxo dos trens com uma lanterna. Nodell cuidou da arte do Lanterna Verde até 1947. Morreu em 2006, aos 91 anos.


Fonte:
Revista Mundo dos Super-Heróis #10
Maio/2008
pág. 15

TITÃS DA COSTA OESTE

Teen Titans (1966) 50-A 
Comic Book by DC, Oct 1977

Uma das maiores contribuições da segunda fase da Turma Titã foi o surgimento dos Titãs da Costa Oeste, uma filial do grupo formada por ex-membros e heróis que não tinham associação anterior com a equipe.

O grupo surgiu em Teen Titans 50 (1977), com os seguintes membros: Rapina, Columba, Lilith, Gnarrk, Águia Dourada (Charles Parker, um jovem que recebeu asas artificiais do Gavião Negro), Bat-Girl (Betty Kane, a ajudante da Bat-Woman nos anos 50), e Rapaz-Fera (Gar Logan, ex-membro da Patrulha do Destino). Os planos originais do escritor Bob Rozakis eram de acompanhar as duas equipes na mesma revista, com uma constante troca de integrantes e o surgimento de várias relações de conflito, romance e amizade entre os membros. Mas essas ideias não foram para frente devido ao súbito cancelamento do título. O interessante aí é que o padrão se repetiu todas as vezes em que foram estabelecidos planos para os Titãs da Costa Oeste. Nos anos seguintes, houve pelo menos uma tentativa por década de ressuscitar a filial dos Titãs, em projetos encabeçados por grandes nomes como Marv Wolfman, Geoff Johns e Judd Winnick. Esses planos nunca foram bem-sucedidos até esse ano, quando a DC conseguiu emplacar duas equipes de Titãs, uma em cada Costa dos Estados Unidos.

Fonte:
Revista Mundo dos Super-Heróis #12
Setembro/2008
pág. 25

OBSTÁCULOS

Action Comics (1938) 7-A 
Comic Book by DC, Dec 1938

Originalmente, a dupla de criadores pensou em produzir as aventuras do Super em tiras diárias, iguais às do Fantasma e do Flash Gordon, alguns dos mais famosos heróis na época. Mas - acreditem - nenhum jornal mostrou interesse pelo recém-criado Superman. Siegel e Shuster apelaram para diversas editoras, mas só receberam respostas negativas. Só quatro anos depois, em 1938, fecharam acordo com a National Periodical (a futura editora DC Comics) por meros 130 dólares. Pior ainda, os direitos autorais também estavam no pacote. Isso levaria os dois criadores a cansativas disputas nos tribunais nas décadas seguintes, em busca de reconhecimento pela sua criação.

MUNDO DOS SUPER-HERÓIS #1 - Agosto de 2006 - Editora Europa.

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Data e Dedicatória


Teus poemas, não os dates nunca...
Um poema
Não pertence ao Tempo...
Em seu país estranho,
Se existe hora, é sempre a hora extrema
Quando o Anjo Azrael nos estende ao sedento
Lábio o cálice inestinguível...
Um poema é de sempre, Poeta:
O que tu fazes hoje, é o mesmo poema
Que fizeste em menino,
É o mesmo que,
Depois que tu te fores,
Alguém lerá baixinho e comovidamente,
A vive-lo de novo...
A esse alguém,
Que talvez nem tenha ainda nascido,
Dedica, pois, teus poemas.
Não os dates, porém:
As almas não entendem disso...

Mário Quintana

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Namore uma garota que lê!


by Rosemarie Urquico


"Namore uma garota que gasta seu dinheiro em livros, em vez de roupas. Ela também tem problemas com o espaço do armário, mas é só porque tem livros demais. Namore uma garota que tem uma lista de livros que quer ler e que possui seu cartão de biblioteca desde os doze anos.

Encontre uma garota que lê. Você sabe que ela lê porque ela sempre vai ter um livro não lido na bolsa. Ela é aquela que olha amorosamente para as prateleiras da livraria, a única que surta (ainda que em silêncio) quando encontra o livro que quer. Você está vendo uma garota estranha cheirar as páginas de um livro antigo em um sebo? Essa é a leitora. Nunca resiste a cheirar as páginas, especialmente quando ficaram amarelas.

Ela é a garota que lê enquanto espera em um Café na rua. Se você espiar sua xícara, verá que a espuma do leite ainda flutua por sobre a bebida, porque ela está absorta. Perdida em um mundo criado pelo autor. Sente-se. Se quiser ela pode vê-lo de relance, porque a maior parte das garotas que leem não gostam de ser interrompidas. Pergunte se ela está gostando do livro.

Compre para ela outra xícara de café.
Diga o que realmente pensa sobre o Murakami. Descubra se ela foi além do primeiro capítulo da Irmandade. Entenda que, se ela diz que compreendeu o Ulisses de James Joyce, é só para parecer inteligente. Pergunte se ela gostaria de ser a Alice.

É fácil namorar uma garota que lê. Ofereça livros no aniversário dela, no Natal e em comemorações de namoro. Ofereça o dom das palavras na poesia, na música. Ofereça Neruda, Sexton Pound, E. E. Cummings. Deixe que ela saiba que você entende que as palavras são amor. Entenda que ela sabe a diferença entre os livros e a realidade, mas, juro por Deus, ela vai tentar fazer com que a vida se pareça um pouco como seu livro favorito. E se ela conseguir não será por sua causa.

É que ela tem que arriscar, de alguma forma.
Trate de desiludi-la. Porque uma garota que lê sabe que o fracasso leva sempre ao clímax. Essas garotas sabem que todas as coisas chegam ao fim. E que sempre se pode escrever uma continuação. E que você pode começar outra vez e de novo, e continuar a ser o herói. E que na vida é preciso haver um vilão ou dois.

Por que ter medo de tudo o que você não é? As garotas que leem sabem que as pessoas, tal como as personagens, evoluem.

Se você encontrar uma garota que leia, é melhor mantê-la por perto. Quando encontrá-la acordada às duas da manhã, chorando e apertando um livro contra o peito, prepare uma xícara de chá e abrace-a. Você pode perdê-la por um par de horas, mas ela sempre vai voltar para você. E falará como se as personagens do livro fossem reais – até porque, durante algum tempo, são mesmo.

Você tem de se declarar a ela em um balão de ar quente. Ou durante um show de rock. Ou, casualmente, na próxima vez que ela estiver doente. Ou pelo Skype.

Você vai sorrir tanto que acabará por se perguntar por que é que o seu coração ainda não explodiu e espalhou sangue por todo o peito. Vocês escreverão a história das suas vidas, terão crianças com nomes estranhos e gostos mais estranhos ainda. Ela vai apresentar os seus filhos ao Gato do Chapéu e a Aslam, talvez no mesmo dia. Vão atravessar juntos os invernos de suas velhices, e ela recitará Keats, num sussurro, enquanto você sacode a neve das botas.

Namore uma garota que lê porque você merece. Merece uma garota que pode te dar a vida mais colorida que você puder imaginar. Se você só puder oferecer-lhe monotonia, horas requentadas e propostas meia-boca, então estará melhor sozinho. Mas se quiser o mundo, e outros mundos além, namore uma garota que lê.

Ou, melhor ainda, namore uma garota que escreve"

ÍNDIOS
(RENATO RUSSO)


Eu quis o perigo e até sangrei sozinho 
Entenda
Assim pude trazer você de volta pra mim 
Quando descobri que é sempre só você 
Que me entende do início ao fim. 

E é só você que tem a cura pro meu vício 
De insistir nessa saudade que eu sinto 
De tudo que eu ainda não vi.

Álbum: Dois - 1985 - LEGIÃO URBANA

sábado, 22 de dezembro de 2012

RAMA-TUT

> CENTURIÃO ESCARLATE> IMMORTUS> RAPAZ DE FERRO> KANG

(Nathaniel Richards)

Fantastic Four (1961) 19-A
Comic Book by Marvel, Oct 1963

A realidade paralela que Nathaniel Richards descobriu prosperou sob o comando do cientista. Séculos depois, nasceu seu descendente também chamado Nathaniel, que julgava seu mundo monótono. Por isso, o jovem Nathaniel viajou no tempo, rumo ao Egito antigo e se tornou Rama-Tut, o Faraó. Seu plano era capturar o mutante imortal Apocalipse ainda na juventude, para usá-lo em suas conquistas. Mas acabou impedido pelo Quarteto, que realizava sua primeira viagem no tempo. Rama-Tut fugiu e assumiu a identidade de Centurião Escarlate, quando foi combatido pelo supergrupo Esquadrão Supremo. Pouco depois, criou uma armadura baseada no vestuário do Dr. Destino e se tornou Kang, o Conquistador.

Nessa identidade, Kang criou o maior império do multiverso e conquistou inúmeras eras e dimensões. Mas, suas viagens temporais criaram inimigos: Immortus, sua versão futura que abandonou as conquistas para estudar o multiverso; Rapaz de Ferro, sua versão jovem que abomina as conquistas de Kang e formou os Jovens Vingadores para impedir o vilão; e o Conselho dos Kangs, infinitas versões alternativas do vilão. Surgiu em Fantastic Four 19, de 1963.


Mundo dos Super-Heróis 5
Editora Europa
junho/julho 2007
pág. 27

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

MESTRE DOS BONECOS

Puppet Master (Phillip Masters)

Fantastic Four (1961) 8-A
Comic Book by Marvel, Nov 1962

Talentoso artesão que descobriu uma argila especial, proveniente da região de Wundagore, na Trânsia, um pequeno país fictício do Leste Europeu. Os bonecos feitos com esse material permitem ao Mestre dos Bonecos controlar as pessoas representadas. O vilão entrou em conflito com o Quarteto quando tentou assumir o controle do Coisa para usá-lo em seus crimes. Seus planos foram detidos, mas ele confrontou os heróis inúmeras vezes. Phillip é pai adotivo de Alicia Masters, ex-namorada do Coisa, e surgiu em Fantastic Four 8, de 1962.


Mundo dos Super-Heróis 5
Editora Europa
junho/julho 2007
pág. 27

TOUPEIRA

(Harvey Rupert Elder)

Fantastic Four (1961) 1-A
Comic Book by Marvel, Nov 1961

Gênio científico renegado por sua aparência grotesca, Rupert acreditava na existência de um mundo subterrâneo. Foi quando descobriu a ilha Monstro, que dava acesso à Subterrânea, uma região habitada por monstros gigantes e uma raça humanóide que recebeu Rupert como seu líder. Com esses recursos, ele passou a atacar o mundo da superfície. Teve sua primeira aparição em Fantastic Four 1, de 1961.


Mundo dos Super-Heróis 5
Editora Europa
junho/julho 2007
pág. 27

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

HOMEM-PSÍQUICO

Fantastic Four Annual 5-A
Comic Book by Marvel, Nov 1967

Líder da tecnocracia que governa o reino de Sub-Atomica, situado no Microverso, uma dimensão que existe entre os quarks de nosso universo, o Homem-Psíquico decidiu dominar a Terra para resolver o problema de superpopulação de seu mundo. Mas, foi repetidamente derrotado pelo Quarteto Fantástico e outros heróis.
O Homem-Psíquico também se tornou um grande inimigo do Aniquilador quando este invadiu o Microverso. As tropas do Aniquilador foram derrotadas, mas o Homem-Psíquico foi exilado de seu mundo e depois de dominar outro planeta do Microverso, Mirwood, tentou se vingar do Quarteto usando o Monge do Ódio II para dominar Sue Richards e transformá-la na impiedosa Malice. O Quarteto reverteu a transformação, mas o desejo de vingança de Sue a levou a expor o Homem-Psíquico à sua própria arma em intensidade máxima, o que destruiu seus sistema nervoso. Mas o vilão se recuperou e retornou inúmeras vezes.
O Homem-Psíquico desenvolveu as Caixas de Controle, capazes de gerar dúvida, medo e ódio. Ele também utiliza uma série de armaduras que apresentam diferentes poderes, de força ampliada até alta resistência  O vilão foi criado em Fantastic Four Annual 5, de 1967.


Mundo dos Super-Heróis 5
Editora Europa
junho/julho 2007
pág. 27

MONGE DO ÓDIO

Fantastic Four (1961) 21-A
Comic Book by Marvel, Dec 1963

No fim da Segunda  Guerra, o geneticista nazista Arnim Zola transferiu a mente de Adolf Hitler para um clone mais jovem. Essa cópia passou as décadas seguintes escondido na América do Sul e se tornou o líder de uma seita neonazista, que entrou em conflito com o Quarteto quando a CIA pediu o auxílio dos heróis para combater a seita. O Monge do Ódio desenvolveu um Raio do Ódio capaz de gerar fúria nos seus alvos, uma arma que voltou os integrantes do Quarteto uns contra os outros. Foi só com a ajuda do agente secreto Nick Fury que a equipe venceu o vilão, que retornou inúmeras vezes depois, aliando-se ao Caveira Vermelha para enfrentar o Capitão América.

Um segundo Monge do Ódio, um andróide capaz de mudar de forma, foi criado pelo Homem-Psíquico para ajudá-lo a derrotar o Quarteto. Esse Monge foi destruído pelo vigilante Expurgo. O Monge do Ódio apareceu pela primeira vez em Fantastic Four 21, de 1962.


Mundo dos Super-Heróis 5
Editora Europa
junho/julho 2007
pág. 26

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

QUARTETO TERRÍVEL

Fantastic Four (1961) 36-A
Comic Book by Marvel, Mar 1965

O Mago (Bentley Whittman) é um gênio do crime que enfrentou o Tocha Humana em início de carreira. Durante um dos confrontos, ele foi resgatado por dois outros supervilões: o Homem-Areia (William Baker) e o Ardiloso (Peter Petruski) que fugiram da cadeia pouco antes. Unidos pelo ódio ao Quarteto Fantástico, os três formaram o Quarteto Terrível, completando o time com Medusa que, na época, sofria de amnésia e foi convencida a atuar com os vilões. O grupo se tornou uma ameaça constante ao Quarteto Fantástico, mas o conflito de egos fez com que a formação mudasse constantemente. Mais de vinte vilões já foram membros do Quarteto Terrível, sempre sob a liderança do Mago. O Quarteto Terrível apareceu pela primeira vez em Fantastic Four 36, de 1965. No universo Ultimate, o grupo de vilões é formado por versões zumbis do Quarteto Fantástico, vindas de outra dimensão.


Mundo dos Super-Heróis 5
Editora Europa
junho/julho 2007
pág. 26

PENSADOR LOUCO

(Identidade desconhecida)

Fantastic Four (1961) 15-A
Comic Book by Marvel, Jun 1963

Um gênio do crime com ilusões de grandeza que se tornou conhecido quando decidiu dominar Nova Iorque e tornar a cidade um país independente sob seu comando. Para concretizar esse plano, o Pensador invadiu o Edifício Baxter e acessou todas as pesquisas de Reed Richards, acrescentadas aos seus já vastos conhecimentos. O vilão foi impedido pelo Quarteto, mas retornou inúmeras vezes para assombrar os heróis. Sua identidade civil nunca foi revelada. Entre suas invenções mais famosas, estão seus robôs  idênticos ao vilão e controlados por seus padrões mentais; e o Andróide Incrível, capaz de copiar as propriedades de tudo que toca e que foi criado a partir da mistura de DNA símio e moléculas instáveis. Apareceu pela primeira vez em Fantastic Four 15, de 1963.


Mundo dos Super-Heróis 5
Editora Europa
junho/julho 2007
pág. 26

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

ANIQUILADOR

Fantastic Four Annual 6-A
Comic Book by Marvel, Nov 1968

Os Tyannans eram uma raça avançada que semeava novas formas de vida na Zona Negativa. Ao chegar no planeta Arthros, a nave dos Tyannans foi atingida por um meteoro e caiu. Antes, lançou na superfície daquele mundo seus esporos vitais, que evoluíram para uma espécie insetóide. Um desses insetóides encontrou a nave avariada dos Tyannans e dominou sua tecnologia, com a qual criou o Bastão Cósmico, um artefato que permite manipular grandes quantidades de energia. Ele se tornou o Aniquilador e dominou grande parte da Zona Negativa. Conquistador nato, o Aniquilador já invadiu outras dimensões, como o Microverso, Asgard e atualmente, o nosso universo. Obcecado pela sobrevivência, o Aniquilador tenta destruir todas as criaturas que possam ameaçar sua existência.
O Aniquilador pode voar e tem força e resistência sobre-humanas. Graças ao Bastão Cósmico, pode reestruturar a matéria e lançar poderosas rajadas de energia, além de ter um envelhecimento muito lento. Caso seja afastado do artefato, o Aniquilador enfraquece e passa a envelhecer rapidamente. Quando é destruído, gera larvas que mantêm suas memórias e se tornam novos Aniquiladores. Surgiu em Fantastic Four Annual 6, de 1968.


Mundo dos Super-Heróis 5
Editora Europa
junho/julho 2007
pág. 25

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

BLASTAAR

Fantastic Four (1961) 62-A
Comic Book by Marvel, May 1967

Governante do planeta Baluur da Zona Negativa, Blastaar foi arremessado ao espaço quando uma revolta popular o depôs. Quando o inumano Triton abriu um portal para a Zona Negativa, na tentativa de salvar Reed Richards, que estava à deriva nessa dimensão, Blastaar aproveitou a oportunidade para escapar para a Terra, onde lançou a primeira de sua muitas tentativas de dominar o planeta. Ele foi derrotado pelo Quarteto Fantástico e enviado de volta para a Zona Negativa. Tempos depois, retomou o poder em Baluur e criou um grande império galáctico, rivalizado pelo império do Aniquilador, seu maior adversário. Blastaar é extremamente resistente e, ao entrar em estado de hibernação, pode sobreviver por semanas no espaço e sem alimento. Seu maior poder são as poderosas rajadas de energia que ele libera pelas mãos. Apareceu pela primeira vez em Fantastic Four 62, de 1967.


Mundo dos Super-Heróis 5
Editora Europa
junho/julho 2007
pág. 25

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

DIABLO

(Esteban Corazon de Ablo)

Fantastic Four (1961) 30-A
Comic Book by Marvel, Sep 1964

Poderoso alquimista do século 9, Esteban vendeu sua alma ao demônio Mefisto em troca de imortalidade e se mudou para a Transilvânia na Idade Média, onde foi aprisionado pelos nativos numa tumba de pedra. Séculos de pedra. Séculos depois, quando o Quarteto visitou a região, Diablo conseguiu se comunicar por telepatia com o Coisa e o convenceu a libertá-lo, em troca da cura para a sua aparência monstruosa.
Diablo tentou dominar o mundo, mas foi impedido pelo Quarteto e se tornou um inimigo recorrente desde então. O vilão é praticamente imortal e tem a mesma aparência desde o século 9. Ele é um talentoso alquimista e usa suas fórmulas através de pequenas cápsulas de arremesso. Essas fórmulas são capazes de alterar a composição de substâncias químicas, controlar plantas e uma série de outros efeitos fantásticos. Foi criado em Fantastic Four 30, de 1964.


Mundo dos Super-Heróis 5
Editora Europa
junho/julho 2007
pág. 25

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

KREES

Fantastic Four (1961) 65-A
Comic Book by Marvel, Aug 1967

Semelhantes aos humanos, os Krees são nativos do planeta Hala, que dividiam com outra raça inteligente, os Cotati (uma espécie vegetal com poderes telepáticos). Há milhões de anos, uma nave Skrull pousou no planeta e se mostrou interessada em partilhar sua tecnologia com uma das espécies de Hala. Um teste foi estabelecido e os ganhadores foram os Cotati. Revoltados, os Krees mataram quase todos os Cotati, assim como os representantes Skrulls e assumiram o controle da nave. Eles examinaram o veículo e dominaram sua tecnologia, estabelecendo, ao longo de poucos milênios, um vasto império galáctico. Isso levou a mais confrontos com os Skrulls, que levaram a uma guerra de milhões de anos que só terminou recentemente.
Uma característica marcante dos Krees é que eles chegaram ao limite de sua evolução. Seus genes não se modificam e sua capacidades estão estagnadas há milhões de anos. Na tentativa de remediar isso, a inteligencia Suprema explodiu uma bomba que dizimou a população Kree, deixando apenas os mais adaptáveis. Desses sobreviventes surgiram os Ruul, capazes de se adaptar por vontade própria a qualquer situação. O papel dessa subespécie dentro da sociedade Kree é desconhecido até o momento.
Os Krees apareceram pela primeira vez em Fantastic Four 65, de 1967, e foram os responsáveis pela criação dos Inumanos. Além disso, vários superseres atuam pelo império Kree: Ronan, o acusador e os Sentinelas.


Mundo dos Super-Heróis 5
Editora Europa
junho/julho 2007
pág. 24

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

SKRULLS

Fantastic Four (1961) 2-A
Comic Book by Marvel, Jan 1962

Surgidos em Fantastic Four 2, de 1961, os Skrulls são nativos do planeta Skrullos, da galáxia de Andrômeda. No início de sua evolução, os Skrulls sofreram alterações nas mãos dos Celestiais, entidades cósmicas que realizam experiências pelo universo. Dessas alterações surgiram os Skrulls Deviantes, capazes de alterar a sua aparência, o que ajudou esse grupo a se tornar a raça dominante de seu mundo e, depois, da galáxia. Os Skrulls são o império intergalático mais antigo do universo. Uma subespécie dos Skrulls Deviantes se dedicou à magia e evoluiu para os Espectros, criaturas malignas combatidas pelo herói espacial Rom.
Apesar dos conflitos raciais, os Skrulls não eram militaristas nos primeiros milênios de seu império. Isso mudou com o início da longa guerra contra os Krees, que começou milhões de anos atrás e só acabou recentemente. Aliás, as últimas décadas foram desastrosas para a raça Skrull. Seus planos de dominação da Terra foram impedidos repetidamente pelo Quarteto Fantástico e outros heróis. Sua guerra contra os Krees, seus maiores inimigos, terminou em impasse; a capital do império Skrull, o Mundo-Trono, foi destruído por Galactus, o que resultou na morta da família real. Com isso, vários pretendentes ao trono surgiram, o que fragmentou o império. Por fim, a recente invasão do Aniquilador ao universo destruiu a maior parte do império Skrull, deixando poucos mundos para reconstruir o antes glorioso domínio.

Kree-Skrull War Starring The Avengers 1-A
Comic Book by Marvel, Sep 1983

Os Skrulls são capazes de alterar sua forma e aparência, embora não possam mudar suas características físicas. Alguns soldados Skrulls foram alterados e receberam poderes especiais, entre eles: Super-Skrull (Kl'rt) e Power-Skrull (Paibok).


Mundo dos Super-Heróis 5
Editora Europa
junho/julho 2007
pág. 24

domingo, 2 de dezembro de 2012

DOUTOR DESTINO

(Victor von Doom)

Maior inimigo do Quarteto, von Doom nasceu em um acampamento cigano na Latvéria, um pequeno país do leste europeu. Filho do médico Werner e da mística Cynthia, Doom perdeu os pais de forma trágica. Sua mãe teve a alma levada pelo demônio Mefisto e seu pai morreu durante uma nevada, enquanto ele e Victor eram perseguidos por soldados. Doom passou a estudar magia e tecnologia, na esperança de livrar os ciganos de seu país da opressão governamental e libertar a alma de sua mãe. As teorias do garoto chamaram a atenção da universidade norte-americana Empire State, que lhe ofereceu uma Bolsa. Foi na universidade que Doom conheceu Reed Richards e Ben Grimm. Doom se dedicou à criação de um aparelho que daria acesso ao reino de Mefisto. Mas havia uma falha em seus cálculos, que foi apontada por Richard. Doom ignorou o conselho e seu protótipo acabou destruído na explosão. Algumas versões dessa história mostram que o acidente destruiu o rosto de Doom; outras alegam que ele recebeu apenas uma pequena cicatriz. Doom acredita que foi Richards quem sabotou o aparelho e jurou vingança ao futuro líder do Quarteto Fantástico.
Victor abandonou a universidade e viajou ao Tibete, onde assumiu o controle de um monastério e criou uma armadura que vestiu antes mesmo do metal esfriar. Tempos depois, retornou à Latvéria e assumiu o poder. A partir daí, Doom passou a usar os recursos de toda uma nação para cumprir seus objetivos principais: vingança e dominação. Doom conseguiu libertar a alma de sua mãe com a ajuda do místico Doutor Estranho. Ele quase dominou a Terra inúmeras vezes, mas seus planos foram detidos pelo Quarteto Fantástico.

Marvel Graphic Novel Vol 1 #49 
July, 1989 

O Doutor Destino é um mestre das artes místicas e um dos maiores gênios científicos da Terra. Sozinho, ele criou diversos aparatos geniais como máquinas do tempo e robôs idênticos a ele.
Seus poderes místicos permitem viagens, entre dimensões, envio de sua mente para outros corpos e outros efeitos incríveis. O Dr. Destino surgiu em Fantastic Four #5, de 1962.

Fantastic Four (1961) 5-A 
Comic Book by Marvel, Jul 1962

Mundo dos Super-Heróis 5
Editora Europa
junho/julho 2007
pág. 23

sábado, 1 de dezembro de 2012

VILÕES FANTÁSTICOS

Muito do sucesso do Quarteto Fantástico se deve à sua variada galeria de vilões. Conheça os principais

Por Antonio Santos

GALACTUS
(Galan)

Fantastic Four (1961) 48-A
Comic Book by Marvel, Mar 1966

Nos últimos instantes antes da destruição de seu universo, Galan, nativo do planeta Taa e último sobrevivente de sua realidade, jogou sua nave contra as energias cósmicas que se reuniam no centro do universo. Nesse momento, foi contatado pela essência de seu universo e se mesclou a ela. O antigo universo se contraiu e explodiu, o que deu origem ao universo atual. Galan sobreviveu no interior de um casulo cósmico, onde as energias, ao longo de milhões de anos, o transformaram em Galactus, uma entidade poderosa que necessita da energia de planetas inteiros para sobreviver. Ele passou os bilhões de anos seguintes navegando pelo universo, absorvendo a energia de incontáveis mundos e destruindo civilizações inteiras no processo. Os membros do Quarteto Fantástico foram os únicos capazes de deter o alienígena destruidor de planetas.

Fantastic Four (1961) 49-A
Comic Book by Marvel, Apr 1966

Galactus utiliza sua nave Taa II para se locomover pelo universo. Ele também utiliza outros equipamentos, como o Conversor Cósmico, que facilita a absorção das energias. Os poderes de Galactus são praticamente ilimitados, mas oscilam de acordo com a quantidade de energia absorvida. Caso fique um tempo considerável sem absorver energias planetárias, Galactus pode morrer. Apareceu pela primeira vez em Fantastic Four #48, de 1966.


Mundo dos Super-Heróis 5
Editora Europa
junho/julho 2007
pág. 22


sexta-feira, 30 de novembro de 2012

COISA

(Benjamin Jacob Grimm)

Ben Grimm cresceu na rua Yancy, uma região de Nova Iorque. Filho de um lar desestruturado, seu pai era um alcoólatra e seu irmão mais velho, Daniel, foi morto numa briga de gangues. Anos depois, o próprio Ben se tornou líder da gangue da rua Yancy e começou uma série de pequenos crimes.
Sua vida mudou com a morte dos pais e a chegada do médico Jake Grimm, o tio de Ben que assumiu sua custódia. A boa influência do tio fez o jovem abandonar as gangues e voltar a estudar. Na escola, se destacou no time de futebol.
Graças a uma bolsa de estudos, Ben entrou na Universidade Empire State, onde se tornou companheiro de quarto de Reed Richards. Apesar de não terem nada em comum, o atleta e o gênio científico se tornaram grandes amigos.
Depois de formado, Ben entrou para a Força Aérea e se tornou um requisitado piloto de testes. Anos depois, recebeu surpreso o convite do amigo de faculdade para pilotar uma nave experimental. Transformado pelos raios cósmicos durante o voo teste, Ben se transformou numa criatura de carne e pele rochosas, de grande força e resistência física, capaz de erguer mais de cinco toneladas.

Fantastic Four (1961) 25-A
Comic Book by Marvel, Apr 1964

O Coisa é um personagem inovador por ir contra todos os estereótipos de super-heróis de época. Monstruoso, desajeitado, mal-educado e ranzinza, ele representava um oposto completo a personagens como o Superman.
Talvez o detalhe mais interessante sobre o Coisa seja o fato de que ele foi concebido como uma espécie de alter ego de seu desenhista, Jack Kirby: ambos cresceram em bairros pobres de Nova Iorque, adoravam charutos, tinham o mesmo gênio difícil e eram judeus. Esse fato só foi explorado em Fantastic Four Vol 3 #56, de 2002, quando a religiosidade de Ben é abordada.

Fantastic Four (1998) 56-A
Comic Book by Marvel, Aug 2002

Mundo dos Super-Heróis 5
Editora Europa
junho/julho 2007
pág. 21

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

TOCHA HUMANA

(Jonathan Johnny Spencer Storm)

Johnny era o típico adolescente dos anos 60: rebelde, alucinado por carros velozes e garotas. Natural de Nova Iorque, se mudou para a Califórnia junto com a irmã mais velha, Susan, que sonhava em se tornar atriz em Hollywood.
Depois de fazer parte, junto da irmã, no voo da nave construída por Reed Richards, Johnny foi exposto aos raios cósmicos e adquiriu a capacidade de transformar seu corpo numa forma plasmática incandescente. Nesse estado, Johnny é capaz de voar, disparar chamas e absorver calor e diferentes tipos de energia. Suas chamas variam de 420°C (intensidade média) a 55.000°C (seu nível máximo, também conhecido como clarão supernova).
Quando Reed sugeriu que, após o acidente no espaço, os quatro usassem seus poderes para proteger a humanidade, Johnny adotou o nome de Tocha Humana em homenagem ao androide com poderes semelhantes aos seus, que lutou contra os nazistas na Segunda Guerra Mundial.

Fantastic Four (1961) 47-A
Comic Book by Marvel, Feb 1966

Nas histórias em quadrinhos existiram muitos heróis adolescentes antes de Johnny Storm, mas esses personagens eram constantemente mostrados como ajudantes que precisavam ser salvos depois de cair em armadilhas, o que deixava a impressão de que mais atrapalhavam do que ajudavam.
Mas esse não era o caso do Tocha Humana. Apesar de jovem, ele era um herói com autonomia e tanta importância na equipe quanto os membros adultos e perdia em popularidade apenas para o Coisa. Aliás, Johnny sempre foi mostrado como um brincalhão e sua vítima favorita sempre foi o mal-humorado Ben Grimm.
O Tocha Humana também é um conquistador nato e possui uma das galerias de namoradas mais extensas do universo Marvel, onde se incluem humanas normais, mutantes, atlantes e até alienígenas.

Fantastic Four (1961) 500-A
Comic Book by Marvel, Sep 2003

Mundo dos Super-Heróis 5
Editora Europa
junho/julho 2007
pág. 21


quarta-feira, 28 de novembro de 2012

MULHER INVISÍVEL

(Susan "Sue" Storm Richards)

Numa visita casual, Susan Storm conheceu Reed Richards, um jovem universitário de 23 anos que alugava um quarto na casa de sua tia. Para Reed, o rápido encontro não teve importância, mas para Sue, ainda uma garota de 12 anos, foi amor à primeira vista.
Anos depois, Sue, já adulta, reencontrou Reed e conquistou o cientista, que trabalhava secretamente em um foguete experimental. Quando Reed decidiu fazer um voo não-autorizado, Susan disse que ele só embarcaria na nave se ela e seu irmão pudessem ir juntos. Exposta aos raios cósmicos durante o voo, Sue adquiriu o poder de criar um campo de invisibilidade ao seu redor, e assumiu o codinome de Garota Invisível.

Fantastic Four (1961) 4-A
Comic Book by Marvel, May 1962

A invisibilidade de Sue era pouco útil e sua função na equipe parecia apenas a de namorada de Reed. Com o decorrer das histórias, Sue percebeu que podia expandir seu campo de invisibilidade, tornando invisíveis pessoas e objetos. Mas a grande mudança veio com a descoberta de que ela podia criar campos de força, o que aumentou sua importância nas histórias.

Fantastic Four Annual 3-A
Comic Book by Marvel, Jan 1965

Em Fantastic Four Anual 3, de 1965, Reed e Sue se casaram e, pouco depois, tiveram seu primeiro filho, Franklin. Isso acentuou o caráter de família da equipe e reduziu a atuação da Garota Invisível. Mas, nos anos 80, as HQs de John Byrne redefiniram a heroína, que passou a ser mais confiante, mudou seu nome para Mulher Invisível e aprendeu a usar toda a extensão dos seu poderes.

Fantastic Four (1961) 242-A
Comic Book by Marvel, May 1982

Fantastic Four (1961) 550-A
Comic Book by Marvel, Nov 2007

Mundo dos Super-Heróis 5
Editora Europa
junho/julho 2007
pág. 20

terça-feira, 27 de novembro de 2012

OS 4 FANTÁSTICOS

Uma breve biografia dos membros da superequipe

Por André Morelli

SENHOR FANTÁSTICO
(Reed Richards)

Fantastic Four (1961) 2-A
Comic Book by Marvel, Jan 1962

Gênio precoce, Reed se formou em sua primeira faculdade ainda na adolescência. A partir daí, iniciou uma brilhante carreira acadêmica. Numa das faculdades em que estudou, conheceu Ben Grimm, de quem foi companheiro de quarto. Na época, Reed mostrou a Ben os primeiros esboços de uma nave capaz de viajar pelo hiperespaço. Ben brincou dizendo que se um dia a nave saísse do papel, ele seria o piloto.
Depois de concluir seus doutorados em Física e Engenharia Elétrica, Reed passou anos trabalhando para os militares, até usar a herança de sua família junto a verbas do governo para iniciar seu antigo projeto. A essa altura, Ben se tornara um conhecido piloto de testes e foi selecionado para o voo experimental do protótipo.
Quando os militares ameaçaram cortar as verbas do projeto, Reed convenceu Ben a realizar um voo não-autorizado. Juntos, foram como passageiros Susan Storm, a noiva de Reed, e seu irmão mais novo Johnny.
O que nenhum deles podia imaginar é que uma erupção solar geraria uma intensa tempestade de radiação cósmica na região em que a nave realizava seus testes. Sem blindagem para resistir, Ben realizou um pouso forçado, mas a misteriosa radiação já havia surtido efeito, alterando para sempre o destino dos quatro tripulantes.
Apesar de sua capacidade de esticar ou contrair seu corpo de diversas formas, a força do Senhor Fantástico reside em seu raciocínio e conhecimentos científicos. É por meio de suas invenções e descobertas que as histórias do Quarteto giram.

Fantastic Four (2013) 1-E
Comic Book by Marvel, Jan 2013

Mundo dos Super-Heróis 5
Editora Europa
junho/julho 2007
pág. 20

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

NADA SE CRIA...

As inspirações para a criação do Quarteto

Por Antonio Santos

Além dos Desafiadores do Desconhecido, outras criações de Kirby influenciaram na concepção do Quarteto Fantástico. Suas histórias de monstros, publicadas nas revistas Amazing Fantasy e Strange Tales, já mostravam alienígenas escamosos, monstros que mudavam de forma e criaturas de pele petrificada. Essas ideias se uniriam para dar forma ao heróico Coisa e aos Skrulls, os inimigos clássicos do Quarteto.

Strange Tales (1951) 90-A
Comic Book by Marvel, Nov 1961

A inspiração dos poderes do Quarteto tem fontes variadas. Os dons de Reed Richards são muito similares aos de Patrick "Eel" O'Brian, o Homem-Borracha (Plastic Man), primeiro herói capaz de mudar de forma. Criado em 1941 na revista Police Comics 1, da Quality Comics, as HQs do Borracha se destacavam pelo humor escrachado e pelo traço de Jack Cole, criador do personagem.

Police Comics Vol 1 #5
December, 1941

Mas é outro personagem maleável que guarda as maiores semelhanças à Reed Richard: Ralph Dibny, o Homem-Elástico (Elongated Man), que surgiu na edição 112 da revista Flash, de 1960. Criado por John Broome e Carmine Infantino, Ralph é um detetive genial especialista em casos insolúveis. Ele adquiriu seus poderes ao consumir a fórmula Gingold. Para completar, tem uma fiel esposa chamada Sue, criada no começo de 1961, meses antes do Quarteto Fantástico.

Flash Vol 1 #112
May, 1960

Já a Mulher Invisível é bastante similar à Invisible Scarlett O'Neil, surgida em tiras de jornal, publicadas pelo Chicago Times entre 1940 e 1956. Scarlett ganhou seus poderes de invisibilidade ao ser exposta a um raio desenvolvido por seu pai e é uma das primeiras super-heroínas dos quadrinhos, surgida antes mesmo da Mulher-Maravilha, criada só em 1941.

Invisible Scarlett O'Neil (1950) #1

Por fim, os dons de Johnny Storm, assim como seu codinome, tem uma fonte direta. O primeiro Tocha Humana foi criado por Carl Burgos em 1939, na revista Marvel Comics 1, lançada pela Timely. O Tocha original era um androide que entrou em chamas quando foi exposto pela primeira vez ao oxigênio.
Essa foi a "inspiração" que mais causou polêmica, já que Burgos queria processar a Atlas por plágio. Mas naquele período era comum as editoras ficarem com direitos autorais de um personagem, e não seu criador. Portanto, a decisão da Atlas em criar um novo Tocha Humana era legal. Burgos nunca perdoou Stan e Kirby e, em um acesso de fúria, destruiu todos os originais do Tocha Humana que estavam em seu poder.

Marvel Comics (1939) #1
November 10, 1939

Mundo dos Super-Heróis 5
Editora Europa
junho/julho 2007
pág. 19

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Batman abre suas asas

O Homem de Aço era um sucesso estrondoso e Batman não ficava muito atrás. Se mesmo com seu tom soturno e misterioso o Homem-Morcego já atraía as crianças, o público mirim aumentou ainda mais quando, em abril de 1940, a revista Detective Comics 38 trouxe a primeira aparição de Robin, o garoto prodígio. E foi um Batman sorridente, um tanto descaracterizado, que apresentava o jovem de roupas coloridas na capa da edição.

Detective Comics (1937) 38-A
Comic Book by DC, Apr 1940

Se um herói é definido por seus vilões, Batman mostrou que certamente era um dos maiores, já que boa parte de sua marcante galeria de inimigos estreou naquela década. Na primeira edição da revista Batman, em 1940, já surgia aquele que é considerado seu maior inimigo, o palhaço assassino Coringa. Na mesma edição, a Mulher-Gato fez sua primeira aparição. O Pinguim surgiu pouco depois, em dezembro de 1941, na edição 58 de Detective Comics. A edição 66 da revista, de agosto de 1942, trouxe o Duas-Caras.

Batman (1940) 1-A
Comic Book by DC, Apr 1940

Detective Comics (1937) 58-A
Comic Book by DC, Dec 1941

Detective Comics (1937) 66-A
Comic Book by DC, Aug 1942

O herói também chegou às tiras de jornais em 1943, dividindo a página com outros personagens, entre eles Superman. Na verdade, Batman também já dividia uma revista com o Homem de Aço desde 1941. World's Finest Comics, uma publicação de 96 páginas, trazia histórias de vários personagens da DC, mas as HQs principais eram sempre de Superman e Batman, que figuravam em todas as capas, mas não encontravam um ao outro nas páginas internas.

World's Finest Comics 3-A
Comic Book by DC, Sep 1941

Os heróis só viriam a aparecer juntos nas histórias da revista a partir de 1954.

Em 1943, o herói também teve a distinção de tornar-se o primeiro personagem da DC a ganhar um seriado para cinema, The Batman. O Homem-Morcego e seu parceiro voltaram às telas mais uma vez em 1949, com o seriado Batman and Robin.

Mundo dos Super-Heróis 23
Editora Europa
setembro/outubro 2010
pág. 17

Dossiê fantástico

Os bastidores da criação e curiosidades sobre o Quarteto Fantástico, o primeiro grupo de heróis do Universo Marvel

O nascimento do Quarteto Fantástico em 1961, por mais estranho que possa parecer, deve muito a uma partida de golfe entre profissionais de editoras de quadrinhos. Até então, o gênero dos super-heróis enfrentava a falta de interesse do público, as vendas eram baixas, muitas revistas foram canceladas e todos os editores se concentravam na moda do momento: histórias de suspense e terror.

Justice League of America (1960) 1-A 
Comic Book by DC, Nov 1960

Durante um jogo de golfe entre editores, Jack Liebowitz, o chefão da DC (então conhecida como Nacional Periodics) comemorava o sucesso de uma revista lançada um ano antes, a Liga da Justiça da América, que alcançou ótimas vendas. O fato impressionou Martin Goodman, presidente da Atlas - editora que nos anos 30 se chamava Timely e havia ganho muito dinheiro com super-heróis antes das vendas caírem.

Dona de revistas de guerra, terror, faroeste e romance, a Atlas tinha abandonado seus antigos heróis publicados durante a Segunda Guerra Mundial, como Namor, Capitão América e o Tocha Humana original. Mas Goodman acreditava que outra revista formada por um grupo de heróis poderia competir com a Liga, e encomendou o projeto a melhor dupla criativa de sua editora, Stan Lee e Jack Kirby.

Trabalhando na indústria dos quadrinhos desde 1935, Kirby já era famoso pelas inúmeras histórias que tinha produzido, inclusive o próprio Capitão América, de quem foi co-criador. Mas os tempos eram outros e o desenhista fazia histórias de monstros para pagar as contas. Lee, por outro lado, estava há 22 anos na Atlas, e tinha tentado reviver os heróis da Timely nos anos 50 na revista Young Men, mas o projeto foi cancelado pelo fracasso de vendas.

Lee tinha quase 40 anos e planejava sair do ramo dos quadrinhos para entrar na publicidade, quando rebebeu a encomenda de Goodman. Empolgado com o projeto, começou a discutir com Kirby a produção de um grupo totalmente novo, que misturasse ficção científica, a corrida espacial que os Estados Unidos viviam com a União Soviética, altas doses de caracterização dos personagens, realismo e um pouco de melodrama.

A inspiração veio de um trabalho de Kirby produziu para a DC em 1957, os Desafiadores do Desconhecido. As histórias mostravam como quatro homens, depois de milagrosamente sobreviver a um acidente aéreo, formaram uma equipe de aventureiros para combater criaturas estranhas e vilões futuristas.

Showcase 6-A
Comic Book by DC, Feb 1957

Estava dada a largada para a criação de um grupo que revolucionaria os quadrinhos, tanto como conceito artístico quanto como mercado.

Fonte: MUNDO DOS SUPER-HERÓIS #5
Págs. 16-18

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

O SENTINELA

Sentry (2005) 1-A
Comic Book by Marvel, Nov 2005
Por Ben Morse


O QUE FUNCIONOU ANTES: O ex-melhor amigo do Hulk com mentalidade infantil, o poderoso Defensor Dourado da Decência provavelmente será a primeira linha de defesa de Tony Stark enquanto ele reúne suas forças. No passado o Sentinela possuía o poder de acalmar o Hulk e torná-lo dócil - e se conseguisse fazer isso hoje, poderia levar o Gigante de Jade a uma derrota.

PORQUE NÃO FUNCIONA AGORA: falando francamente, este Hulk não é idiota. É um perspicaz estrategista capaz de prever a utilização do Sentinela por Stark e tomar precauções para não cair em nenhuma armadinha. Não sendo exatamente uma pessoa estável emocionalmente, o Sentinela pode muito bem não conseguir lidar com a situação ao encarar seu velho amigo tão drasticamente alterado.

OPINIÃO DE PAK: "Vale lembrar que a última vez em que estiveram juntos (na minissérie Sentinela, publicada em Novos Vingadores 35 a 40), o Sentinela mentiu para o Hulk, que terminou tendo todos os ossos do seu corpo quebrados. O antigo Hulk pode ter perdoado o Sentinela, mas quem sabe o que irá acontecer agora?"

Wizmania - Número 1 - Maio de 2008
Panini Comics

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

OS OMBROS SUPORTAM O MUNDO


Chega um tempo em que não se diz mais: meu Deus.
Tempo de absoluta depuração.
Tempo em que não se diz mais: meu amor.
Porque o amor resultou inútil.
E os olhos não choram.
E as mãos tecem apenas o rude trabalho.
E o coração está seco.

Em vão mulheres batem à porta, não abrirás.
Ficaste sozinho, a luz apagou-se,
mas na sombra teus olhos resplandecem enormes.
És todo certeza, já não sabes sofrer.
E nada espera de teus amigos.

Pouco importa venha a velhice, que é a velhice?
Teus ombros suportam o mundo
e ele não pesa mais que a mão de uma criança.
As guerras, as fomes, as discussões dentro dos edifícios
provam apenas que a vida prossegue
e nem todos se libertaram ainda.
Alguns, achando bárbaro o espetáculo,
prefeririam (os delicados) morrer.
Chegou um tempo em que não adianta morrer.
Chegou um tempo em que a vida é uma ordem.
A vida apenas, sem mistificação.

Carlos Drummond de Andrade
Sentimento do Mundo
Coleção Folha Grandes Escritores Brasileiros - 4

fonte da imagem: True Art Gallery
artist: Jeremy Mann

domingo, 28 de outubro de 2012

ANDRO MEROS

Meros

Obscura série da Tsuburaya Productions que mostrava personagens derivados da Família Ultra. Em rápidas histórias, os Andros, um grupo de guerreiros gigantes em trajes cibernéticos enfrenta versões ciborgues de velhos inimigos dos Ultras, como os aliens Baltan e Knuckle. Os guerreiros principais são Wolf, Marc e Meros, que se suspeita ser Zoffy, o veterano líder da Irmandade Ultra. Os Andros enfrentam o Império Gua, liderado pelo vilão Judah, que faz uma aparição no longa-metragem Ultraman Story. A série teve 45 episódios de 10 minutos de duração, realizados em 1983. A trama foi melhor desenvolvida e explicada no mangá publicado na época, desenhado por Mamoru Uchiyama.

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

GÊNIO INDOMADO

Talentoso e briguento, John Byrne foi um dos maiores astros dos quadrinhos nos anos 70 e 80

Por Maurício Muniz

No começo dos anos 60, quando morava com seus pais no Canadá, John Byrne descobriu nas bancas as primeiras revistas do Quarteto Fantástico. Impressionado com a energia e modernidade do gibi, principalmente no traço de Jack Kirby, Byrne decidiu ali que gostaria de trabalhar com quadrinhos. Em 1970, essa paixão levou o rapaz de 20 anos a se matricular na Alberta College of Art e Design, na cidade canadense de Calgary. Mesmo sem completar a faculdade, foi lá que Byrne produziu um de seus primeiros trabalhos em quadrinhos, a tira humorística Gay Guy, para o jornal da instituição. A partir daí, o desenhista entrou lentamente no mercado de quadrinhos norte-americano, primeiro com vários trabalhos menores, até começar a ser notado pela Marvel. Era o começo de uma carreira ímpar nos comics de super-heróis. Acompanhe seus principais feitos.

Por Maurício Muniz

MUNDO DOS SUPER-HERÓIS #7 - Novembro/Dezembro de 2007 - Editora Europa.

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

VIÚVA-NEGRA

The Black Widow


Após a suposta morte de seu marido Alex, um piloto de provas, Natasha Romanoff se alistou na agência de espionagem soviética, a KGB. Sendo já uma dançarina e atleta soberbamente treinada, Romanoff aprendeu as artes de espionagem e foi condecorada com o cognome de Viúva-Negra. Sua primeira missão foi se infiltrar nas indústrias Stark, na América, e auxiliar seu parceiro Boris no assassinato do dissidente russo, professor Anton Venko, o primeiro Dínamo Escarlate. Em sua quarta missão, ela recebeu um uniforme especial projetado pelo cientista soviético Brushnev. Natasha não demorou a abandonar a União Soviética e oferecer seus serviços para SHIELD. Agindo por algum tempo ao lado do herói cego, Demolidor - com quem manteve um conturbado romance -, a Viúva Negra acabou se separando dele para retornar ao campo de espionagem. Criada em 1964 por Stan Lee, a bela ruiva não possuiu força sobre-humana, sendo, contudo, um atleta de nível olímpico. Seu uniforme está equipado com microventosas de sucção na região dos dedos e pés, o que a torna capaz de subir em paredes e tetos. Os cartuchos em suas pulseiras contém um dispositivo de impulsão capaz de lançar um fio com gancho a uma distância de até trinta e cinco metros. As pulseiras também possuem um pequeno aparelho que pode emitir uma descarga de trinta mil volts a uma distância de três metros. Outros cartuchos nas pulseiras contêm cápsulas de gás lacrimogêneo e um transmissor de rádio.

Fear Itself: Black Widow 1-A 
Comic Book by Marvel, Aug 2011  

Fonte: Dicionário Marvel - 207-208
Capitão América #71 - Abril de 1985