quarta-feira, 30 de setembro de 2009

São Francisco e ladeira abaixo (1970-1979)

DEMOLIDOR

Por Bernardo Santana

O respeitado Colan ficou no título de maneira fixa até 1973, seguido por uma sucessão de profissionais de destaque, entre roteiristas e artistas, como Chris Claremont, Don Heck e Gerry Conway. Os anos, no entanto, não foram gentis com o Homem Sem Medo. Um caso com a super-heroína Viúva Negra, uma mudança pra São Francisco e um retorno à Cozinha do Inferno depois - seu bairro natal em Nova York -, e lá estava ele tendo de enfrentar o maior obstáculo na vida de todo super-herói: a baixa vendagem.
Já com o título em regime de publicação bimestral, ou seja, na estrada para o cancelamento, o desespero fez a Marvel tomar (ou não se importar com) uma atitude ousada: contratar um novato inexperiente de 24 anos para ilustrar o título. Era o início da era Frank Miller.


FONTE: WIZMANIA # 11 - MARÇO DE 2009

PRIMEIROS TRABALHOS COM HQs

Criador
Alex Ross

Por Maurício Muniz


Aos 19 anos, Ross foi apresentado por um amigo aos donos da Now Comics, uma editora de Chicago, hoje extinta. Ao saberem de seu interesse por quadrinhos, pediram que enviasse amostras de sua arte. Fã de Rust, uma série de terror da editora, Ross enviou algumas artes do personagem principal. Foi o bastante para o jovem artista ser contratado pela Now para ilustrar uma minissérie em cinco partes, passada no universo do filme O Exterminador do Futuro, que a empresa licenciava. Escrita por Ron Fortier, autor de ficção científica e fantasia, Terminator: The Burning Earth mostrava o final da guerra entra a raça humana e os assassinos cibernéticos que tentavam destruí-la.
Na época do seu lançamento, 1990, a série não fez sucesso, mas mostrou que Ross conseguia contar uma história com sua arte pintada. Outra marca registrada do artista surgiu aqui, quando começou a colocar personalidades da TV, do cinema e dos quadrinhos como figurantes da história. Entre os coadjuvantes mortos em explosões, estavam o apresentador de TV David Letterman e os donos da Now, que não estavam pagando a Ross o combinado pelo trabalho.


FONTE: MUNDO DOS SUPER-HERÓIS # 8 - JANEIRO/FEVEREIRO 2008

HOMEM DE GELO

(Robert Louis "Bobby" Drake)

Nas primeiras manifestações de seu poder, Bobby sentia terríveis ondas de frio e andava agasalhado dos pés à cabeça, mesmo no verão. As crises pioraram ao ponto de Bobby congelar tudo que tocava. Xavier ofereceu os serviços do Instituto Xavier aos pais de Bobby, que, apavorados com os poderes do filho, aceitaram sem questionar.
Bobby tem a habilidade de resfriar a umidade do ar ao seu redor e criar escudos, rajadas e plataformas nas quais desliza, além de produzir uma armadura de gelo ao seu redor. Com o treinamento no Instituto Xavier, em pouco tempo Bobby mudou sua aparência, que mais parecia a de um boneco de neve, para outra com aspecto de gelo, muito mais resistente.


Fonte: MUNDO DOS SUPER-HERÓIS # 4 (ABRIL/MAIO 2007)

Final Fantasy XIII - TGS 2009 Official Trailer

terça-feira, 29 de setembro de 2009

8. PETER PARKER DESISTE DE SER UM HERÓI

The Amazing Spider-Man (1963) 50-A
Comic Book by Marvel
Jul 1967
"Spider-Man No More!"

A situação do Aranha não estava fácil: era acuado pelo Clarim Diário e pela opinião pública; perseguido pela polícia; precisava cuidar da tia doente e ainda recebia notas cada vez mais baixas na faculdade. Esses motivos levaram Peter Parker a desistir de sua carreira heróica, quando cede a pressão e abandona seu uniforme na lata de lixo. A cena foi publicada em Amazing Spider-Man 50 (julho de 1967) e tornou-se uma das mais marcantes na história do herói e largamente copiada nas HQs.

Mas a situação logo volta ao normal quando Peter percebe que as gangues se aproveitaram de sua ausência para dominar a cidade. Fora isso, ele se lembra do que aconteceu com seu tio Ben. Pronto: o Aranha voltava à ativa.

No Brasil:
Homem-Aranha 30 (Ebal, setembro de 1971),
Spider-Man Collection 11 (Ed. Abril, 1997).

OS HERCULÓIDES

Os Herculóides (1967)
Eles moram no planeta Quasar e defendem frequentemente seu lar contra forças inimigas. Os Herculóides são a típica "família de heróis" da Hanna Barbera. O pai e líder do grupo é Zandor que, apesar de não apresentar superpoderes, tem um escudo e um estilingue para combater inimigos. Tara é a mulher de Zandor e, volta e meia, é raptada pelas forças do mal. Dorno é filho do casal e sonha em virar herói igual ao pai. Também é o alvo preferido dos inimigos.
Ao lado da família, estão os Herculóides, grupo de animais munidos de poderes especiais: Igoo é uma espécie de macaco de pedra com força descomunal. Parece uma mistura de Pé Grande com o Coisa do Quarteto Fantástico; Tundro é um rinoceronte pré-histórico encouraçado, que lança pedras explosivas de seu chifre; Zok é um dragão voador que emite raios pela cauda e olhos, além de transportar em suas costas Zandor e família; Glup e Glip são criaturas protoplásmicas, ou seja, são massas vivas que assumem diversas formas - geralmente escudos para defender os Herculóides.


Veja também:
Space Ghost
Homem-Pássaro
Galaxy Trio

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Star Wars - parte III

A MAIOR DE TODAS
AS SAGAS


Que tipo de sabedoria? É mais simples do que parece. Acima de tudo, os filmes pregam a necessidade de ouvir a voz interior. Aquele papo de confiar nos instintos que todo jedi aprende desde criancinha. Esse tipo de corolário já atraiu muitos detratores, que consideraram o trabalho de Lucas mero "misticismo para as massas". O diretor nem liga, como diz o jornalista Bill Moyers, autor de um livro de entrevistas com - veja só - o inspirador de Lucas, Joseph Campbell: "Eu pus a força para tentar despertar um certo tipo de espiritualidade em pessoas jovens - mais uma convicção em Deus do que uma convicção em qualquer sistema religioso".
Parece que conseguiu. No último censo dos Estados Unidos, milhares de americanos declaram ser da religião jedi. Na Inglaterra, os "Cavaleiros Jedi" ganharam reconhecimento oficial por parte das autoridades desde o censo de 2001. Um pouco de exagero, talvez. (Imagine os milhões de leitores de Harry Potter declarando-se de religião "Potter"). A distorção, porém, revela um fundo de verdade: por mais descosido que possa parecer o retalho de mitos e sabedoria religiosa em Guerra nas Estrelas, sua ideias tem inspirado muita gente. "A série possui elementos de contos de fadas, dos contos tradicionais e das histórias heróicas", afirma a historiadora belga Muriel Verbeeck, professora de Filosofia da Religião no Instituto Superior de Belas Artes, em Liège, na Bélgica, e grande fã da saga.

Esse "conto de fadas" apresenta temas fundamentais - que fazem parte da tradição oral e literária desde a Ilíada, a grande epopéia do poeta grego Homero, passando pelas narrativas sobre a busca do Graal e as lendas do Rei Arthur. O principal deles é o mito do herói, encarnado em Luke Skywalker e, ao menos em A Ameaça Fantasma e O Ataque dos Clones, em Anakin, o "lado bom" e imaturo de Darth Vader.

.
Star Wars - parte II
JUSTIÇA # 5 (JULHO/2007)
R$ 4,90
Panini Comics


















JUSTIÇA
CAPÍTULO CINCO

LIGA DA JUSTIÇA DA AMÉRICA
Argumento: Jim Krueger & Alex Ross
Roteiro: Jim Krueger
Arte: Doug Braithwaite & Alex Ross
Tradução & adaptação: Jotapê Martins/FD
Letras: Júlio Nogueira

Justice 5-A
Comic Book by DC, Jun 2006

PARASITA

Cada um de nós está ameaçado de ser consumido pelo que fazemos e somos. Para Maxwell Jensen, foi a cobiça. Acreditando que um receptáculo do governo à prova de radiação estivesse sendo usado para transportar dinheiro, Jensen abriu-o, absorvendo os materiais radiativos. Ele foi transformado em algo semelhante a uma fornalha atômica ambulante. Seu dom de absorver energia e personalidades dos outros é uma necessidade de sobrevivência. Sem isso, ele literalmente se esgotaria. Jensen era um criminoso antes de ser transformado num ser interessado em mais do que dinheiro. Agora, ele quer poder. E essa é a razão por que o Parasita quer matar o Superman. Não por ódio, mas para absorver e adquirir a própria natureza do Superman. Eu sempre considerei que, enquanto o Parasita viver, o Superman é uma ameaça para o mundo.

DOS ARQUIVOS PARTICULARES DE BRUCE WAYNE NO BATCOMPUTADOR

Fonte: JUSTIÇA # 4 (JUNHO/2007)


BATMAN: ANO 100 # 1 (DEZEMBRO/2006)
R$ 6,90
Panini Comics














BATMAN: ANO 100
PARTE 1 DE 2

BATMAN
por Paul Pope
Cores: José Villarrubia
Letras: Gisele Tavares
Tradução: Caio Lopes
Adaptação: Dorival Vitor Lopes

Batman: Year 100 1-A
Comic Book by DC, Feb 2006



















Batman: Year 100 2-A
Comic Book by DC, Mar 2006

METALLO

É um equívoco se referir a Metallo como sendo apenas um robô. Ciborgue talvez seja a palavra mais adequada. Metallo ainda tem o cérebro de John Corben. Corben esteve envolvido num terrível acidente, um desastre que um cientista ansioso por realizar experimentos ilegais em seres humanos decidiu aproveitar. O cérebro de Corben foi transplantado para um corpo cibernético energizado por urânio. Talvez a perda de seu corpo tenha sido demasiada para ele. Ou talvez já estivesse inclinado ao crime. Sob a alcunha de Metallo, Corben tornou-se criminoso. No entanto, não é a força robótica de Corben que ameaça o Superman. Com o tempo, Corben descobriu uma fonte de energia melhor do que o urânio. No coração deste ciborgue criminoso está um pedaço de kryptonita, o único minério capaz de matar o último kryptoniano.

DOS ARQUIVOS PARTICULARES DE BRUCE WAYNE NO BATCOMPUTADOR

Fonte: JUSTIÇA # 4 (JUNHO/2007)


SUPER-HOMEM # 25 (JULHO/1986)
R$ 6,50
Editora Abril










A ODISSÉIA DE UM GUERREIRO
SUPER-HOMEM E ZÊNITE
Argumento: Paul Levitz
Desenhos: Jim Starlin
Letras: José Luiz T. Pinto
Cor: Rita de Carvalho

DC Comics Presents 36-A
Comic Book by DC, Aug 1981



















QUAL O PREÇO DE UM IDEAL?
ARQUEIRO VERDE
Argumento: Elliot Maggin
Arte-Final: Neal Adams & Dick Giordano
Letras: Belmiro
Cor: Rita

DC Special Blue Ribbon Digest 23
Comic Book by DC, July 1982



















O SEGREDO DO EX-HERÓI
Secret of the Wheelchair Superman!

SUPER-HOMEM
Argumento: Leo Dorfman
Arte: Murphy Anderson & Curt Swan
Letras: José Luiz T. Pinto
Cor: Edi Pereira

Action Comics 397-A
Comic Book by DC, Feb 1971



















ESTAMOS NO ANO DE 2010, EM UM
FUTURO ONDE O REPÓRTER
JIMMY OLSEN AGORA É UM
PRODUTOR DE TELEVISÃO.

NOS BRAÇOS DA MORTE!
AMETISTA - A PRINCESA DO MUNDO DE CRISTAL
Argumento: Dan Mishkin e Gary Cohn
Desenhos: Ernie Colón
Letras: E. Gasparim
Cor: Cleusa Acosta

Amethyst, Princess of Gemworld (Vol 1) 10-A
Comic Book by DC, Feb 1984

domingo, 27 de setembro de 2009

HERÓI INVENCÍVEL

DOSSIÊ HOMEM DE FERRO

Depois de 45 anos de existência, o Homem de Ferro chega ao seu auge: ganhou um longa-metragem, venceu a Guerra Civil e mantém duas revistas mensais nos EUA. Conheça sua origem

Por Antônio Santos


As inspirações para o Homem de Ferro - o milionário Tony Stark, que combate o crime com sua armadura super sofisticada - datam dos primórdios da ficção científica. Inventores aventureiros e ricos foram base de muitas aventuras criadas por HG Wells, Julio Verne e outros mestres da ficção, e apareciam com frequência nos pulps, os baratos livros de aventura que antecederam os quadrinhos de super-heróis. Mas o conceito mais marcante do Homem de Ferro - seu moderno traje - é mais recente. Os primeiros exoesqueletos de combate foram descritos na série Lensmen, de E.E. Smith, em 1937. Esses livros mostravam as aventuras de patrulheiros espaciais contra seus inimigos cósmicos, em confrontos que estabeleceram muitas ideias básicas da ficção científica. Uma curiosidade é que essa série também foi a inspiração para a Tropa dos Lanternas Verdes, da DC, e para os filmes Star Wars.


As armaduras ganharam maior notoriedade com o livro Tropas Estelares, de Robert A. Heinlein. Publicado em 1959, ele conta a história de uma futura sociedade humana, altamente militarizada, que combate uma raça de insetos alienígenas. Os soldados de Tropas Estelares usam armaduras especiais que ampliam seu poder de fogo e resistência, colocando-os em pé de igualdade com os insetões. A influência dessa versão das armaduras pode ser vista até hoje em livros, filmes e games. Tropas Estelares já foi adaptado para os animes, para uma série animada norte-americana e, com maior destaque, para um filme de 1997, em que a história sofreu mudanças e as armaduras foram excluídas da narrativa.
Nos quadrinhos, o primeiro precursor do Homem de Ferro foi criado pela extinta Quality Comics. Hugh Hazzard and his Iron Man foi publicada pela primeira vez em Smash Comics 1 de 1939. Na história, o detetive Hugh Hazzard enfrenta o cientista Dr. Van Thorp, que planeja usar seu robô Bozo para cometer vários crimes. Mas Hugh consegue reprogramar o autômato e derrotar o vilão. Ele passa a usar Bozo para combater o crime, tanto por controle remoto quanto comandando o robô por dentro, já que é possível entrar nele e assumir o comando. Atualmente, os direitos do personagem pertencem à DC Comics, mas a editora nunca o usou.


E além dessas influências ficcionais, existe uma bem real: Howard Hughes, o extravagante industrial, aviador e produtor cinematográfico que serviu de base para o visual e o comportamento de Tony Stark. Hughes era um dos industriais mais ricos do mundo e um reconhecido mulherengo - teve casos com musas com Ava Garner, Katherine Hepburn e Bette Davis. Uma galeria de conquistas amorosas desse porte - além de inimigos e aliados, é claro - também é constante nas HQs do Homem de Ferro.

Howard Hughes

Ava Garner

Katherine Hepburn

Bette Davis



FONTE: MUNDO DOS SUPER-HERÓIS # 10 - MAIO/JUNHO 2008

SURGE O JOVEM PARCEIRO

DOSSIÊ CAPITÃO AMÉRICA - ANOS 40

Nos anos 40, super-herói que se prezasse tinha um parceiro adolescente. Batman tinha Robin; Escudo tinha Bob e o Capitão América tinha Bucky, que estreou logo na primeira aventura do herói. Corajoso, inteligente e de raciocínio rápido, o órfão James Barnes era o mascote do quartel em que Rogers servia. Acidentalmente, o garoto flagrou o Capitão América sem máscara, mas ao invés de repreendê-lo, o herói decidiu adotá-lo como parceiro de aventuras.

Submetido a um treinamento intensivo, Bucky vencia adversários maiores e mais fortes que ele. Tudo um tanto ingênuo, mas a aventura e o mistério estavam lá e era isso o que importava para os leitores. E ao contrário do Capitão, volta e meia o garoto era visto com uma metralhadora, o que devia facilitar as missões.

Em 1941, a Timely lançou o Capitão América e seu companheiro em outras duas revistas: All-Winners Comics e Young Allies, esta última com Bucky e Centelha (o parceiro do Tocha Humana) liderando uma gangue de heróis jovens (chamados de Os Garotos no Brasil). Young Allies foi a primeira revista a reunir heróis jovens, fórmula que Kirby mais tarde levaria para a DC.


FONTE: MUNDO DOS SUPER-HERÓIS # 17 - JULHO/AGOSTO 2009

ALEX, o grande

Criador

Devoção aos quadrinhos e um estilo incomparável fazem de Alex Ross um dos maiores astros das HQs em todos os tempos

Por Maurício Muniz


Desde sua infância, Alex Ross queria trabalhar com quadrinhos. Embora essa máxima seja verdadeira para a maioria dos profissionais da área, para Ross a decisão veio muito cedo e de maneira não convencional, por volta dos cincos anos, assistia aos quadros protagonizados por um ator vestido de Homem-Aranha no programa educativo Electric Company. Enquanto todos os outros atores tinham diálogos, o ator que fazia o personagem da Marvel se expressava apenas por balões que surgiam na tela com suas falas. Foi o bastante para Ross se apaixonar pelas HQs.
Filho de um pastor protestante e de uma ilustradora de revistas e catálogos de moda, Nelson Alexander Ross nasceu em 22 de janeiro de 1970 na cidade de Portland, no Oregon. Aos seis anos mudou-se com os pais para o Texas e mais tarde para Chicago, em Illinois, onde cursou a American Academy of Art. Foi ali que Ross descobriu dois artifícios que seriam a base de seu trabalho: o uso de modelos vivos e a possibilidade de usar referências fotográficas para poses e expressões. Depois que se formou, seu estilo de arte realista rendeu um emprego na Leo Burnett, uma das maiores agências de propaganda do mundo. Mas seu interesse pelos quadrinhos nunca diminuiu e logo Ross firmaria seu nome na nona arte.


FONTE: MUNDO DOS SUPER-HERÓIS # 8 - JANEIRO/FEVEREIRO 2008
HARRY POTTER
E A
PEDRA FILOSOFAL

Título Original
HARRY POTTER and the Philosopher's Stone



J. K. Rowling

Bloomsbury Publishing
(1997)


Todos os direitos reservados à
Editora Rocco Ltda.
Edição: 2000

Um bebê é deixado à porta da família Dursley, com uma carta que explica quem ele é e quais os mistérios que envolvem sua sobrevivência, após um duelo no qual seus pais morreram. Onze anos mais tarde, Harry Potter recebe o melhor dos presentes de aniversário: descobre que é um bruxo e como tal deve ser educado. Conduzido por Rúbeo Hagrid, o doce e atrapalhado gigante ruivo, Harry inicia sua trajetória no cotidiano da magia. Na escola de bruxaria de Hogwarts, sob a direção do sábio professor Alvo Dumbledore, ele aprende a fazer poções, feitiços, a transformar coisas, e a "pilotar" uma vassoura. Enfrenta as dificuldades normais de um principiante e alguns obstáculos a mais lhe são impingidos por sua fama. Afinal, Harry Potter, mesmo sem saber, derrotou o mais terrível dos feiticeiros. Agora, para prosseguir vitorioso, precisa aprender a dominar a sabedoria contida em valores simples da vida como a amizade, a perseverança e o amor.

Tradução
LIA WYLER

(263 págs.)

O SENHOR DOS ANÉIS
AS DUAS TORRES

THE LORD OF THE RINGS
THE TWO TOWERS

2002

A Sociedade do Anel se rompeu, mas a saga para destruir o One Ring continua. Frodo e Sam são obrigados a confiar suas vidas a Gollum se quiserem chegar a Mordor. À medida que o exército de Saruman se aproxima, os membros sobreviventes da Sociedade, juntamente com outros povos e criaturas da Terra-Média, preparam-se para a batalha. A batalha de suas vidas.

Indicado a seis Oscar, incluindo Melhor Filme.

direção: Peter Jackson
atores: Elijah Wood, Ian McKellen, Viggo Mortensen, Sean Astin, Billy Boyd
duração: 02h59min

sábado, 26 de setembro de 2009

E

ENTES QUERIDOS

O maior e mais emocionante arco de histórias de The Sandman foi publicado nas edições 57 a 69. Em Entes Queridos, Neil Gaiman retoma acontecimentos e personagens dispersos de edições anteriores e os faz convergir para um final surpreendente, evidenciando que o roteirista sempre manteve total domínio sobre sua criação e que, em Sandman, nada é por acaso. A história começa quando Loki e Puk, os trapaceiros de Asgard e do Reino das Fadas, sequestram Daniel, o filho de Hippolyta Hall. O menino é dado como morto e Hippolyta - a ex-heroína Fúria, da Corporação Infinito - culpa Morpheus e parte em busca de vingança. Ela procura as Fúrias, as senhoras do destino, que decidem ajudá-la, pois consideram sua obrigação punir o Rei dos Sonhos por ele ter tirado a vida do próprio filho, Orpheus, no arco Vidas Breves. Enquanto isto, uma nova versão do pesadelo Coríntio e o corvo Matthew resgatam Daniel e o levam ao Sonhar, onde o menino recebe uma joia e orientações de Morpheus. As Fúrias, então, começam a destruir o Sonhar e a matar todos seus habitantes. O Rei dos Sonhos decide enfrentá-las e, por fim, para que a destruição cesse, se entrega à sua irmã Morte. Daniel transforma-se na nova encarnação do Sonho dos Perpétuos.

Sandman (Vol 2) 69-A
Comic Book by Vertigo, Jul 1995

Fonte: MUNDO DOS SUPER-HERÓIS # 16 (MAIO/JUNHO 2009)

DC 2000 # 6 (JUNHO/1990)
R$ 1,90
Abril Jovem










QUANDO TODOS VIVÍAMOS NA FLORESTA
When We All Lived in the Forest

HOMEM-ANIMAL
Argumento: Grant Morrison
Arte: Doug Hazlewood & Chas Truog

Animal Man 4-A
Comic Book by Vertigo, Dec 1988



















A MIGRAÇÃO CÓSMICA
The Cosmic Migration

MULHER-MARAVILHA
Argumento e Arte: George Pérez
Arte-final: Bob McLeod

Wonder Woman (Vol 2) 21-A
Comic Book by DC, Oct 1988


















PEÕES
XEQUE-MATE!
Argumento: Paul Kupperberg
Desenhos: Don Heck
Arte-final: Al Vey

Checkmate (Vol 1) 4-A
Comic Book by DC, Jul 1988



















O DOMO
XEQUE-MATE!
Argumento: Paul Kupperberg
Desenhos: Art Thibert
Arte-final: Al Vey

Checkmate (Vol 1) 5-A
Comic Book by DC, Aug 1988



















CALOR
XEQUE-MATE!
Argumento: Paul Kupperberg
Desenhos: Steve Erwin
Arte-final: Al Vey

Checkmate (Vol 1) 6-A
Comic Book by DC, Sep 1988

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

7. FINALMENTE, MARY JANE!

Amazing Spider-Man 42 (novembro de 1966) trouxe uma ótima HQ em que o Aranha luta contra John Jameson (filho do editor do Clarim Diário), que havia ganho poderes e tornou-se rancoroso e violento. Mas o que marcou mesmo a edição foram os últimos quadrinhos da referida HQ, quando aparece uma ruiva estonteante - realçada pelo traço curvilíneo de John Buscema - pronunciando uma inesquecível frase:
"Face it Tiger, you just hit the jackpot" (algo como "Parabéns, Tigrão, você tirou a sorte grande").

A jovem era Mary Jane, sobrinha de Anna Watson, a vizinha dos Parker. Mary Jane foi citada pela primeira vez em Amazing Spider-Man 15 (1964) e, a partir daí, fez rápidas aparições mas sem nunca mostrar o rosto. A Tia May insistia que os dois jovens precisavam-se conhecer, mas Peter fazia questão de evitar isso pois temia que Mary Jane fosse feia e desinteressante. Isso gerou um mistério de quase dois anos, que só se encerrou nessa marcante cena. Como se viu futuramente, realmente Parker tirou a sorte grande.

Mary Jane

No Brasil:
Homem-Aranha 26 (Ebal, maio de 1971),
Spider-Man Collection 10 (Ed. Abril, 1997).

GALAXY TRIO

Galaxy Trio (1967)

O grupo é formado pelo Homem-Vapor, Mulher-Flutuadora e Homem-Meteoro. Vindo do planeta Vaporus, o Homem-Vapor, como o nome já entrega, se transforma em vapor e qualquer tipo de gás. A Mulher-Flutuadora, nativa do planeta Gravitas, controla a gravidade e pode voar. O Homem-Meteoro, do planeta Meteorus, aumenta sua força e tamanho como bem entender. A bordo da nave Condor I, o Galaxy Trio combate vilões de todo o universo. Os heróis também foram criados por Alex Toth.



Veja também:
Space Ghost
Homem-Pássaro

Hoobastank - The Reason


Final Fantasy VIII

UMA VIDA SOFRIDA

DEMOLIDOR

O herói mais cult da Marvel Comics completa 45 anos de quedas, percalços e tragédias em nome das boas histórias (e da revelação de talentos bombásticos!)

Por Bernardo Santana



Um entre muitos (1964-1969)

O início da trajetória do Demolidor pressagiava pouco do futuro brilhantismo a permear suas histórias. A primeira Daredevil chegou ao mercado em abril de 1964, cortesia do onipresente Stan Lee e do artista Bill Everett. Diz-se que Jack "O Rei" Kirby também participou da criação do herói, colaborando com o design do primeiro uniforme amarelo, preto e vermelho e de seu indefectível bastão.
Os cinco primeiros anos de histórias do Demolidor, no entanto, serviram mais para estabelecê-lo como um herói-padrão Marvel do que qualquer coisa. As tramas giravam em torno da vida pessoal do advogado cego-porém-dotado-de-sentidos-aguçados Matthew Murdock e seus amigos, Karen Page e Foggy Nelson. Foi durante esse início que o desenhista Gene Colan assumiu as rédeas da arte no título (logo após a breve passagem de John Romita pela revista), em um dos períodos mais longos que alguém passou no cargo: sete anos.
Outro acontecimento importante, e que afetou as histórias do herói para sempre, foi a revelação de sua identidade secreta para sua namorada na época, Karen Page. Um péssimo hábito, que mais tarde seria explorado por roteiristas de talento, mas sem nenhuma piedade.



FONTE: WIZMANIA # 11 - MARÇO DE 2009

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Electric Six - Synthesizer

NASCE UMA LENDA

DOSSIÊ CAPITÃO AMÉRICA - ANOS 40

Criado para inspirar os americanos durante a 2a. Guerra, o Capitão se tornou o mais famoso dos heróis patrióticos

Por Antônio Luiz Ribeiro


O COMEÇO DE TUDO

Em dezembro de 1940 (mas com data de março de 1941) chegou às bancas a primeira revista do Capitão América. Ao contrário de seus antecessores (Superman, Batman e Capitão Marvel), ele estreou em revista própria - na época, os personagens eram lançados em títulos experimentais e só ganhavam um título solo quando caíam no gosto do público.

Captain America Comics era publicado pela Timely (nome da Marvel na época) e, ao contrário de outros títulos da editora - Príncipe Submarino e Tocha Humana, produzidos pelo estúdio Funnies - era inteiramente feito dentro da Timely, por Joe Simon e Jack Kirby.

"A gente não estava na guerra ainda, mas todo mundo sabia que ela viria. Foi por isso que o Capitão América nasceu. A América precisava de um superpatriota", declarou certa vez Jack Kirby.

Mas o personagem não foi o primeiro super-herói de quadrinhos com o uniforme baseado na bandeira americana. Esse título pertence ao Escudo, um herói criado pela editora MLJ, cuja primeira edição traz na capa a data de janeiro de 1940. Kirby, porém, afirmava que sua criação era melhor: "Tire a bandeira e ele fica bom mesmo assim. Nós demos a ela uma camiseta de cotton e um escudo, como um cavaleiro cruzado moderno. As asas no elmo eram de Mercúrio. O Capitão América simbolizava o sonho americano".

FONTE: MUNDO DOS SUPER-HERÓIS # 17 - JULHO/AGOSTO 2009

UMA SÉRIE DE TV MUITO DIVERTIDA



Batman já era um dos heróis mais famosos das HQs quando a rede americana ABC decidiu apostar em uma série de TV sobre suas aventuras ao lado de Robin, Alfred e Comissário Gordon. O que ninguém imaginava é que o programa tornaria o Homem-Morcego uma febre mundial e mudaria o rumo de suas histórias por muitos anos seguintes.
O sucesso do seriado deve-se às histórias repletas de humor, lideradas pela improvável dupla dinâmica Adam West e Burt Ward, que era acompanhada de uma galeria de vilões com grandes astros como César Romero (Coringa), Burgess Meredith (Pinguim), Vincent Price (Cabeça de Ovo) e Julie Newmar (Mulher-Gato).
Exibida de 1966 a 1968, trouxe um Batman sorridente que combatia o crime em aventuras nonsense e distantes da aura detetivesca que marcou suas primeiras décadas. Essa fórmula logo foi adotada nas HQs, que usou a série como referência até que o escritor Dennis O'Neil levasse o personagem de volta a uma abordagem mais noir.
A série ainda hoje é um sucesso em reprises por todo o mundo e seus protagonistas realizaram diversos trabalhos de dublagens ligadas ao universo do Batman: Adam West, por exemplo, é a voz de Batman no desenho dos Superamigos, substituindo o dublador original Olan Soule, e do personagem Fantasma Cinzento na série animada do Batman de Paul Dini e Bruce Timm.

FONTE: MUNDO DOS SUPER-HERÓIS # 11 - JULHO/AGOSTO 2008

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

OS HERÓIS DO PERÍODO

Dossiê STAN LEE

Criado em parceria com o desenhista Jack Binder, Destruidor, o inimigo dos ditadores, foi o primeiro personagem de Lee. Ele foi apresentado na revista Mystic Comics 6, de outubro de 1941 e é a identidade secreta do investigador e detetive Keen Marlow. O personagem apresenta força sobre-humana, resistência suficiente para atravessar o Canal da Mancha a nado, reflexos desenvolvidos, agilidade semelhante à de um tigre da montanha e ainda é um mestre dos disfarces.
Durante a Era de Ouro, Lee criou outros personagens, entre os quais Jack Frost, um herói capaz de gerar gelo e neve, que estreou em USA Comics 1, e Father Time, apresentado em Captain America 6. Jack Frost serviu de inspiração para o visual do Homem de Gelo e teve seu nome usado para batizar um dos primeiros inimigos do Homem de Ferro. No Brasil, o personagem é conhecido como Nevasca.


Fonte: MUNDO DOS SUPER-HERÓIS # 14 (JANEIRO/FEVEREIRO 2009)

O eterno dilema da falta de espaço e os quadrinhos

Grandes coleções causam problemas enormes para quem não é milionário.

Por Marcelo Naranjo (23/09/09)

Todo colecionador de quadrinhos já passou, passa, ou vai passar pelo dilema: o que fazer quando o tamanho da coleção aumenta inversamente ao espaço que se tem disponível para tantas revistas e livros?

O conflito começa a surgir aos poucos, semana após semana, mês após mês.

Entre os primeiros sintomas, está aquela estante que não comporta mais nenhuma revista, seja na vertical ou horizontal, sob o risco de os quadrinhos caírem, literalmente, pelas beiradas.


Depois, o leitor/colecionador abre o armário (seja embutido, seja comum) e verifica a impossibilidade de colocar qualquer outra revista lá dentro, pois o dito cujo está completamente tomado. Não há brecha para mais nada.

E avançar sobre outros armários da residência, especialmente para quem é casado ou tem pais que não entendem o seu hábito de colecionar quadrinhos, pode ser uma ameaça à sua própria existência.

Começam, então, a aparecer pilhas de revistas em lugares inusitados, na sala, no quarto, quiçá no banheiro. Ou caixas plásticas lotadas de quadrinhos, que seguem se multiplicando como coelhos. Se você é maior de idade, vacinado e mora sozinho, ninguém tem nada com isso e ponto final.

Mas o problema começa a tomar vulto, em especial, quando a pessoa não mora sozinha. E as mais diversas reclamações surgem de todos os lados.

"Você não vê que não tem mais espaço para essas revistas?".

"Para de comprar, nem tem mais onde guardar!".

"Vai dizer que você lê tudo isso? Para com essa porcaria!"

A coisa toda toma proporções monstruosas quando as revistas em quadrinhos passam a ser seriamente ameaçadas e correm risco de um fim inesperado.

"Qualquer dia, ponho fogo nisso tudo".

"Olha aqui, quando você voltar não vai ter mais nenhuma revistinha nessa casa!".

O individuo entra em pânico. Parar de colecionar? Nem pensar. Guardar em outro lugar? E ficar longe dos quadrinhos? Como assim?

Pensando nisso tudo, o Universo HQ coloca algumas sugestões para efetivamente resolver (ou não) esse tipo de problema:

1) Doe seus quadrinhos para escolas, gibitecas, bibliotecas. Não serão tão bem cuidados, mas, ao menos, outras pessoas terão acesso a eles. Mas atenção! Caso seus quadrinhos sejam raros, antes de tomar essa atitude entre em contato com naranjo@universohq.com. Afinal, nunca se sabe...

2) Ao contrário do que prega Marcus Ramone em sua coluna Recordatório, empreste seus quadrinhos! E não os peça de volta. Chega de tanto apego. Assim, o problema de espaço pode diminuir, quem sabe?

3) Construa ou alugue uma casa só para sua coleção de quadrinhos. Pronto, tudo resolvido. Simples, não?

4) Pare de se preocupar com o que os outros pensam! Por exemplo, veja só as coleções dos leitores do Universo HQ. Você acha que eles estão preocupados?

5) Não se pode esquecer da "solução caseira": construa prateleiras no alto da sala, faça um armário novo, ou monte uma estante de aço. Evite problemas, como o desabamento da estante de Sidney Gusman!

6) Caixas plásticas de tamanho razoável custam de R$ 30,00 a R$ 50,00 cada uma. São um bom paliativo, além de poderem ser empilhadas.

7) Adote as posturas ecológicas sugeridas pelo Eduardo Nasi em seu texto mais recente na coluna Cada um no seu quadrinho. Quem sabe assim você diminui sua coleção?

8) Pare de comprar quadrinhos. Chega! Pense no dinheiro que você economizaria.

9) Pare de comprar quadrinhos. Chega! Colecione selos, moedas, figurinhas ou outras coisas que ocupam menos espaço.

10) Pare de comprar quadrinhos. Chega! Compre um cachorro. Arrume uma namorada. Case. Tenha filhos e... Não... pensando bem, continue comprando quadrinhos.

E você? Já passou ou está passando por problemas similares? Comente no Blog do Universo HQ!


Marcelo Naranjo sofre na pele o problema da falta de espaço e não vê a hora de a esposa pedir para escolher entre ela e os quadrinhos. Oba! Vai sobrar mais grana pra comprar quadrinhos!

FONTE: UNIVERSO HQ