By Érico Borgo
De outro ponto de vista, pode acontecer de a Disney nem ligar para os quadrinhos da Marvel. Vale lembrar que o conglomerado nem tem uma divisão de quadrinhos – licencia seus personagens para editoras da Europa e dos EUA produzirem e publicarem os gibis. O mercado de quadrinhos, afinal, nunca vai dar muito dinheiro, pois não têm os milhões de olhinhos atentos aos filmes, à TV, ao entretenimento na Internet, etc.
Ao comprar a Marvel, é óbvio que a Disney está bem mais interessada no que pode fazer com os 5 mil personagens em termos de cinema, TV, games e outros licenciamentos. Da mesma forma, aliás, que a Warner não liga muito para o que a DC publica, desde que mantenham Batman e Superman em circulação para virar filmes, seriados, games e lancheiras.
Seu ingresso para assistir a Homem de Ferro nos cinemas ano passado – e o meio bilhão de dólares que o filme fez nas bilheterias internacionais – certamente contribuiu para a Disney ver a Marvel como uma aquisição rentável. São esses resultados que o conglomerado quer. E nada muito além disso.
Vale lembrar que a Marvel já teve outros donos. Em 1968, o fundador Martin Goodman vendeu-a para a Perfect Film and Chemical Corporation (depois renomeada Cadence Industries). Em 1986, a editora virou propriedade da New World Entertainment, produtora de filmes e seriados de TV. Em 1989, foi para a MacAndrews & Forbes, um fundo de investimentos que abriu o capital da Marvel na bolsa de valores, decisão que levou a brigas judiciais e à concordata da editora em meados da década de 90.
(Curiosamente, o presidente da MacAndrews & Forbes, Isaac Perelman, falou que comprara a Marvel porque ela era “uma Disney em miniatura em termos de propriedade intelectual”.)
Em cada uma dessas mudanças, os rumos editoriais da Marvel foi duramente afetado – não tanto em termos de qualidade, mas certamente em quantidade de quadrinhos publicados (para menos ou para mais). Da mesma forma, a boa receptividade dos filmes de Blade, X-Men e Homem-Aranha a partir do fim da década de 1990 impulsionou a divisão de quadrinhos.
Será que o negócio Disney/Marvel pode afetar a publicação dos gibis no Brasil? É uma possibilidade que parece distante, mas a Disney tem um contrato de quase 60 anos com a Editora Abril no Brasil e de mais de 70 anos com a italiana Mondadori, rival da Panini, cuja subsidiária publica os quadrinhos Marvel no Brasil. Se isso vai pesar ou não, ainda vai demorar para sabermos.
De outro ponto de vista, pode acontecer de a Disney nem ligar para os quadrinhos da Marvel. Vale lembrar que o conglomerado nem tem uma divisão de quadrinhos – licencia seus personagens para editoras da Europa e dos EUA produzirem e publicarem os gibis. O mercado de quadrinhos, afinal, nunca vai dar muito dinheiro, pois não têm os milhões de olhinhos atentos aos filmes, à TV, ao entretenimento na Internet, etc.
Ao comprar a Marvel, é óbvio que a Disney está bem mais interessada no que pode fazer com os 5 mil personagens em termos de cinema, TV, games e outros licenciamentos. Da mesma forma, aliás, que a Warner não liga muito para o que a DC publica, desde que mantenham Batman e Superman em circulação para virar filmes, seriados, games e lancheiras.
Seu ingresso para assistir a Homem de Ferro nos cinemas ano passado – e o meio bilhão de dólares que o filme fez nas bilheterias internacionais – certamente contribuiu para a Disney ver a Marvel como uma aquisição rentável. São esses resultados que o conglomerado quer. E nada muito além disso.
Vale lembrar que a Marvel já teve outros donos. Em 1968, o fundador Martin Goodman vendeu-a para a Perfect Film and Chemical Corporation (depois renomeada Cadence Industries). Em 1986, a editora virou propriedade da New World Entertainment, produtora de filmes e seriados de TV. Em 1989, foi para a MacAndrews & Forbes, um fundo de investimentos que abriu o capital da Marvel na bolsa de valores, decisão que levou a brigas judiciais e à concordata da editora em meados da década de 90.
(Curiosamente, o presidente da MacAndrews & Forbes, Isaac Perelman, falou que comprara a Marvel porque ela era “uma Disney em miniatura em termos de propriedade intelectual”.)
Em cada uma dessas mudanças, os rumos editoriais da Marvel foi duramente afetado – não tanto em termos de qualidade, mas certamente em quantidade de quadrinhos publicados (para menos ou para mais). Da mesma forma, a boa receptividade dos filmes de Blade, X-Men e Homem-Aranha a partir do fim da década de 1990 impulsionou a divisão de quadrinhos.
Será que o negócio Disney/Marvel pode afetar a publicação dos gibis no Brasil? É uma possibilidade que parece distante, mas a Disney tem um contrato de quase 60 anos com a Editora Abril no Brasil e de mais de 70 anos com a italiana Mondadori, rival da Panini, cuja subsidiária publica os quadrinhos Marvel no Brasil. Se isso vai pesar ou não, ainda vai demorar para sabermos.
FONTE: OMELETE
continua...
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