sábado, 19 de outubro de 2013

A PIADA MORTAL

(DC Comics, 1988)

Batman: The Killing Joke 1-A
Comic Book by DC
Jan 1988

Uma das histórias mais violentas e horripilantes do Batman já escritas, A Piada Mortal ajudou a redefinir o mais conhecido dos inimigos do Morcego - o Coringa - como um louco sádico, e levou o herói à beira da insanidade, numa trama que deixou Batgirl aleijada e mudou o bat-universo para sempre.

Depois de balear, molestar e fotografar Barbara Gordon, o Coringa rapta o comissário de polícia Jim Gordon e tenta provar que qualquer pessoa pode ser levada à loucura, dada às devidas circunstâncias.

Enquanto o vilão leva Gordon aos limites da insanidade, forçando-o a assistir à tortura de sua filha, Batman é obrigado a decidir se mata o Coringa ou deixa a loucura continuar.

Eu queria fazer algo com Brian Bolland, e a DC sugeriu uma história do Batman. Brian estava mais interessado no Coringa, e respondi: "Legal, vou bolar uma história que o ponha em destaque". Então pesquisei tudo o que havia sobre o personagem, sua biografia e, sem contradizer a cronologia estabelecida, tentei enriquecê-la. Procurei explorar a ideia de que, se ele era o Capuz Vermelho antes de se tornar o Coringa, o que fazia antes de decidir entrar no mundo do crime?

Embora a arte de Brian obviamente seja de uma beleza espetacular, não gosto muito da história. Acho que A Piada Mortal, quanto ao roteiro, é um trabalho mediano. Comparado com outras aventuras do Batman, provavelmente é uma das melhores, mas não é uma das minhas preferidas, porque, no final das contas, não tem muito a dizer, e é muito explícita e gratuita. Tudo girava em torno da ideia de que Batman e Coringa compartilhavam uma psicose similar, que só é interessante para quem é fã de quadrinhos.

Perguntei à DC se havia algum problema em aleijar Barbara Gordon - que era a Batgirl na época - e, se não me engano, falei com Len Wein, que era o editor responsável pelo projeto, que respondeu: "Aguarde um instante no telefone, que vou perguntar para (o ex-editor-chefe) Dick Giordano". Depois de um breve momento, ele disse: "Tudo bem, pode aleijar a vadia". Esse certamente, era um dos pontos em que eles podiam ter exercido algum controle sobre meu trabalho, mas não o fizeram.

Fonte: Wizard Brasil 5 - Fevereiro de 2004.

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