Capa da segunda edição da revista
Em 20 de dezembro de 1940 (mas com data de março de 1941) chegou às bancas dos Estados Unidos o primeiro gibi do Capitão América. A revista era publicada pela editora Timely - nome da Marvel Comics na época - e, ao contrário de outros gibis da empresa, Capitão não era criado por um estúdio terceirizado. Sua criação era responsabilidade de Joe Simon e Jack Kirby, ambos judeus e funcionários da própria Timely.
"O Capitão América foi criado para uma época que necessitava de figuras nobres", declarou Kirby certa vez. "A gente ainda não estava em guerra, mas todo mundo sabia que era viria. Foi por isso que o Capitão América nasceu: a América precisava de um superpatriota", explicou.
O Capitão simbolizava o sonho americano. Mas, ao contrário do que Kirby deu a entender, o herói não foi o primeiro personagem de quadrinhos com o uniforme baseado na bandeira dos Estados Unidos. Publicado pela editora MLJ (hoje Archie), o Escudo, de Irv Novick e Harry Shorten, tinha a data de janeiro de 1940 na capa.
Na trama de Capitão América, Steve Rogers é recusado pelo Exército por ser muito franzino. Mas o rapaz acaba colaborando com o projeto do governo, liderado pelo Professor Reinstein, de criar quimicamente o primeiro supersoldado. Recebendo uma injeção experimental do genial cientista, Rogers ganha, como num passe de mágica, o físico de um super-homem. Com o sucesso da experiência, Reinstein - também chamado de Erskine no decorrer da série - planeja um exército de superagentes cujas habilidades mental e física levaria terror a espiões e sabotadores que infestavam o país. Porém, um agente da Gestapo infiltrado no laboratório atira no cientista, acabando com o projeto. Rogers liquida o velhaco e constata que é o único beneficiado do projeto. Adotando a identidade de Capitão América, ele se lança numa cruzada contra os nazistas.
O inimigo mais recorrente na série era o Caveira Vermelha, um macabro nazista cujo símbolo era sua máscara escarlate em forma de crânio. Mais tarde, revelou-se que o Caveira era uma espécie de agente particular de Hiltler, que obedecia às suas ordens diretas.
A galeria de vilões era meio surrealista, como praxe nas HQs do Capitão na época, que bebia naqueles filmes de terros dos anos 30. Ele enfrentava tipos como zumbis orientais, corcundas, cães fantasmas, bruxas, homens de cera e outros de arrepiar - em comum, eles eram, na maioria, agentes a serviço de Hitler. Este, por sua vez, era retratado da forma mais caricata possível, inclusive em situações cômicas: saindo da sauna enrolado numa toalhinha que deixava à mostra suas pernas finas e tortas, caindo como otário em trotes telefônicos dos heróis, se escondendo de medo debaixo da mesa de seu bunker... Mas o Capitão não sacaneava apenas Hitler: Benito Mussolini e Hirohito também eram ridicularizados, como em Capitan America Comics 28, de 1942.
"O Capitão América foi criado para uma época que necessitava de figuras nobres", declarou Kirby certa vez. "A gente ainda não estava em guerra, mas todo mundo sabia que era viria. Foi por isso que o Capitão América nasceu: a América precisava de um superpatriota", explicou.
O Capitão simbolizava o sonho americano. Mas, ao contrário do que Kirby deu a entender, o herói não foi o primeiro personagem de quadrinhos com o uniforme baseado na bandeira dos Estados Unidos. Publicado pela editora MLJ (hoje Archie), o Escudo, de Irv Novick e Harry Shorten, tinha a data de janeiro de 1940 na capa.
Na trama de Capitão América, Steve Rogers é recusado pelo Exército por ser muito franzino. Mas o rapaz acaba colaborando com o projeto do governo, liderado pelo Professor Reinstein, de criar quimicamente o primeiro supersoldado. Recebendo uma injeção experimental do genial cientista, Rogers ganha, como num passe de mágica, o físico de um super-homem. Com o sucesso da experiência, Reinstein - também chamado de Erskine no decorrer da série - planeja um exército de superagentes cujas habilidades mental e física levaria terror a espiões e sabotadores que infestavam o país. Porém, um agente da Gestapo infiltrado no laboratório atira no cientista, acabando com o projeto. Rogers liquida o velhaco e constata que é o único beneficiado do projeto. Adotando a identidade de Capitão América, ele se lança numa cruzada contra os nazistas.
O inimigo mais recorrente na série era o Caveira Vermelha, um macabro nazista cujo símbolo era sua máscara escarlate em forma de crânio. Mais tarde, revelou-se que o Caveira era uma espécie de agente particular de Hiltler, que obedecia às suas ordens diretas.
A galeria de vilões era meio surrealista, como praxe nas HQs do Capitão na época, que bebia naqueles filmes de terros dos anos 30. Ele enfrentava tipos como zumbis orientais, corcundas, cães fantasmas, bruxas, homens de cera e outros de arrepiar - em comum, eles eram, na maioria, agentes a serviço de Hitler. Este, por sua vez, era retratado da forma mais caricata possível, inclusive em situações cômicas: saindo da sauna enrolado numa toalhinha que deixava à mostra suas pernas finas e tortas, caindo como otário em trotes telefônicos dos heróis, se escondendo de medo debaixo da mesa de seu bunker... Mas o Capitão não sacaneava apenas Hitler: Benito Mussolini e Hirohito também eram ridicularizados, como em Capitan America Comics 28, de 1942.
Capitan America Comics 28
Mundo dos Super-Heróis 22
Editora Europa
julho/agosto 2010
págs. 14-15
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