Foi um longo caminho até Mauricio publicar suas primeiras HQs
Por André Morelli
Mauricio iniciou sua nova rotina de visitas a jornais na tentativa de vender suas tiras. No início, o campo de atuação era limitado - cerca de 100 km ao redor de Mogi das Cruzes -, pois o desenhista não tinha dinheiro para viajar até cidades mais distantes. Outro problema era a concorrência com as tiras norte-americanas, vendidas aos jornais a preços muito baixos. Mas, mesmo lentamente, os resultados começaram a aparecer.
Nesse período, o mercado de quadrinhos vivia uma fase de boas vendas, impulsionadas pelas histórias de terror produzidas por artistas nacionais. Mesmo sem ter intimidade com o tema, Mauricio escreveu e desenhou uma HQ de terror e tentou vendê-la para o quadrinista português Jayme Cortez, que trabalhava como diretor de arte na Continental, uma pequena editora paulistana.
Cortez detestou o material mas, ao descobrir que Mauricio era o autor das tiras do Bidu, fez uma proposta irrecusável: produzir um gibi da Turma do Franjinha que, na época, já contava com a presença de Titi, Jeremias e Chaveco - anos depois, esse último viraria Xaveco, com "X".
A primeira história em quadrinhos de Franjinha e Bidu foi publicada no número 4 da Zaz-Traz, uma publicação da Continental que testava novos autores. Meses depois, foi lançada Bidu, primeira revista oficial de Mauricio de Sousa. Mas a experiência não foi bem-sucedida. Somada à tarefa de criar e vender tiras, a produção da revista se mostrou inviável. Tanto que, em 1961, a publicação foi cancelada, após oito edições. Seria necessário quase uma década para o artista monstar uma estrutura mais preparada para o desafio de produzir revistas mensais.
Fonte: Revista Mundo dos Super-Heróis #27 - maio/junho de 2011
pág. 22
Nesse período, o mercado de quadrinhos vivia uma fase de boas vendas, impulsionadas pelas histórias de terror produzidas por artistas nacionais. Mesmo sem ter intimidade com o tema, Mauricio escreveu e desenhou uma HQ de terror e tentou vendê-la para o quadrinista português Jayme Cortez, que trabalhava como diretor de arte na Continental, uma pequena editora paulistana.
Cortez detestou o material mas, ao descobrir que Mauricio era o autor das tiras do Bidu, fez uma proposta irrecusável: produzir um gibi da Turma do Franjinha que, na época, já contava com a presença de Titi, Jeremias e Chaveco - anos depois, esse último viraria Xaveco, com "X".
A primeira história em quadrinhos de Franjinha e Bidu foi publicada no número 4 da Zaz-Traz, uma publicação da Continental que testava novos autores. Meses depois, foi lançada Bidu, primeira revista oficial de Mauricio de Sousa. Mas a experiência não foi bem-sucedida. Somada à tarefa de criar e vender tiras, a produção da revista se mostrou inviável. Tanto que, em 1961, a publicação foi cancelada, após oito edições. Seria necessário quase uma década para o artista monstar uma estrutura mais preparada para o desafio de produzir revistas mensais.
Fonte: Revista Mundo dos Super-Heróis #27 - maio/junho de 2011
pág. 22
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