Foi um longo caminho até Mauricio publicar suas primeiras HQs
Por André Morelli
Em 1959, Mauricio teve sua grande oportunidade quando o cardeno de variedades da Folha da Manhã encomendou ao desenhista uma tira semanal. Inspirado por sua infância, Mauricio desenvolveu um tema simples, com pequenas situações envolvendo um menino e seu cachorro. O cachorro foi baseado em Cuíca, um pequeno Schnauzer que Mauricio teve quando garoto. Já o dono do cachorro tinha um pouco do próprio autor e também características de um dos sobrinhos de Mauricio. Era a primeira vez que ele usava um parente como inspiração, prática que se tornaria comum nos anos seguintes. Ao contrário de outras tiras, as histórias eram na vertical e não apresentavam texto.
Tanto a tira quanto seus personagens não tinham sequer um nome, situação que se estendeu por meses, até Mauricio fazer uma enquete com seus companheiros de jornal. Para o cachorro, um repórter sugeriu Bidu - uma gíria da época que designava alguém esperto -, enquanto o próprio Mauricio usou a característica mais marcante do menino - sua franja - como nome de batismo. E dessa forma a tira ganhou o nome de Bidu e Franjinha, título que estreou junto com a mudança de formato do material. De histórias mudas e verticais publicadas uma vez por semana, a tira passou para o formato horizontal, ganhou diálogos e começou a ser publicada diariamente. Detalhe: em suas primeiras histórias, Franjinha ainda não era o conhecido garoto apaixonado por ciências.
Durante um ano, Mauricio continuou como repórter-policial, já que as tiras ainda rendiam pouco para sustentar sua família. Mas, em 1960, com a certeza de que acharia uma forma de se manter, o artista abandonou as matérias sobre crimes para investir em seus personagens.
Fonte: Revista Mundo dos Super-Heróis #27 - maio/junho de 2011
pág. 21
Tanto a tira quanto seus personagens não tinham sequer um nome, situação que se estendeu por meses, até Mauricio fazer uma enquete com seus companheiros de jornal. Para o cachorro, um repórter sugeriu Bidu - uma gíria da época que designava alguém esperto -, enquanto o próprio Mauricio usou a característica mais marcante do menino - sua franja - como nome de batismo. E dessa forma a tira ganhou o nome de Bidu e Franjinha, título que estreou junto com a mudança de formato do material. De histórias mudas e verticais publicadas uma vez por semana, a tira passou para o formato horizontal, ganhou diálogos e começou a ser publicada diariamente. Detalhe: em suas primeiras histórias, Franjinha ainda não era o conhecido garoto apaixonado por ciências.
Durante um ano, Mauricio continuou como repórter-policial, já que as tiras ainda rendiam pouco para sustentar sua família. Mas, em 1960, com a certeza de que acharia uma forma de se manter, o artista abandonou as matérias sobre crimes para investir em seus personagens.
Fonte: Revista Mundo dos Super-Heróis #27 - maio/junho de 2011
pág. 21
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