terça-feira, 24 de março de 2009

A Lebre

Calada e observadora, muito reservada e tranquila, a Lebre sempre parece inofensiva. Por isso mesmo ela enrola todo mundo na maior facilidade, pois ela ouve muito mais do que fala e está sempre atenta ao que acontece ao seu redor, o que a torna a melhor das fofoqueiras.
Talento e independência são traços da Lebre e suas experiências encantam e surpreendem, pois costumam ser muito ricas. Seu espírito é poético e seu gosto, refinado. Não convide uma Lebre para jantar no Angu do Gomes da esquina porque é mais barato (nesse caso, convide o Rato). Ela gosta mesmo é de beleza e qualidade.
Lebres são muito caladas e diz-se que são boas ouvintes. Realmente são, mas não por terem empatia, mas por gostarem de uma boa fofoca. Em compensação, não dão muitas pistas sobre si mesmas.
Outro traço da Lebre é a loucura. Sim, ela parece normal de longe, mas de perto é completamente maluca. Suas maluquices confundem o espectador, que acaba acreditando que a Lebre não oferece perigo. E é aí que a Lebre engana todo mundo e sai na melhor. Nada mais perigoso que um ser imprevisível...
De constituição forte e saudável, gosta de viajar, especialmente para regiões montanhosas. Gosta de ter amigos, mas estes terão que se acostumar com o jeito da Lebre de querer saber tudo, mas não querer dizer nada. Nada irrita mais a Lebre do que uma invasão de privacidade! Mesmo assim, as Lebres são muito divertidas e leais e é sempre gostoso tê-las por perto, em festas, jantares ou em viagens.
A Lebre gosta de coisas belas, mas pode sacrificar sua própria qualidade de vida pelos outros. Apesar de saudável, não possui grande vitalidade e por vezes a gasta-a toda tentando fazer quem ama feliz. Essa vontade louca de viajar, inclusive, é fruto de uma sensação que a Lebre tem de que precisa mudar alguma coisa em sua vida, pois se sente abafada. Ela acredita que uma mudança de ares lhe fará bem, mas o que ela precisa mesmo é de uma mudança interna.

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