quarta-feira, 30 de novembro de 2011

MUITAS DIFICULDADES

Não foi nada fácil levar o primeiro episódio da série aos cinemas. Lucas passou por grandes provações

Por Maurício Muniz

No início da década de 1970, o jovem George Lucas parecia ser uma das grandes promessas do cinema norte-americano. Em 1967, aos 23 anos, formou-se em cinema pela Universidade do Sul da Califórnia e, assim como seus amigos da época, Steven Spielberg e Francis Ford Copolla, queria trazer uma visão nova e mais dinâmica ao cinema e aos estúdios de Hollywodd.


O primeiro filme comercial de Lucas data de1971. A ficção científica THX 1138, estrelada por Robert Durvall, mostrava um casal que se revolta contra a rígida sociedade futurista em que vivem. Baseado em um curta-metragem universitário do próprio Lucas, THX 1138 era um filme lento e até frio, que não foi bem recebido pelo público, nem pela crítica.

Como na época Hollywood parecia menos desesperada por dinheiro, o fracasso comercial de THX 1138 não impediu que o cineasta fechasse um acordo com a Universal Pictures para criar outros dois filmes. Um deles foi Loucuras de Verão (American Graffiti, 1973), sobre uma noite na vida de um grupo de jovens na pequena cidade de Modesto, na Califórnia - onde, aliás, Lucas nascera em 1944. Passado na década de 1960, o filme trazia humor, romance e aventura e foi um sucesso nas bilheterias.

Curiosamente, no pequeno papel de um jovem cowboy durão, estava um ator pouco conhecido chamado Harrison Ford.


Lucas queria que seu segundo filme para a Universal fosse uma aventura espacial inspirada nos velhos seriados cinematográficos dos anos 1930. Ele já tinha contatado a King Feature Syndicate sobre os direitos do herói Flash Gordon, com planos de criar uma adaptação moderna e cheia de ação. Mas a King exigiu dinheiro e controle demais sobre a produção - inclusive sobre a escolha do elenco -, o que inviabilizou o projeto. Dessa forma, Lucas partiu para uma história totalmente nova. Foi aí que seus problemas começaram.

Fonte: Mundo dos Super-Heróis - Número 29 - setembro/outubro de 2011
pág. 24

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