domingo, 20 de março de 2011

O ALQUIMISTA



A OBRA

Livro brasileiro de maior sucesso no exterior, O Alquimista narra a história de um jovem pastor (Santiago) intrigado por um sonho recorrente: um tesouro oculto, guardado próximo das pirâmides do Egito. Disposto a decifrar seus sonhos, ele empreende uma longa viagem, em que se defronta com os grandes enigmas que acompanham a humanidade desde a Criação. Em sua jornada, encontra, entre outros personagens, um alquimista, que lhe ensina como penetrar na misteriosa Alma do Mundo e como identificar as pistas para chegar ao tão procurado tesouro.

O AUTOR

Um dos maiores autores mais lidos de todos os tempos - seus livros já foram traduzidos para 56 idiomas e publicados em mais de 150 países -, Paulo Coelho nasceu em 1947, no Rio de Janeiro. Antes de se tornar escritor, trabalhou como diretor e autor de teatro, compositor e jornalista. Como compositor, manteve uma parceria de sucesso com Raul Seixas e teve músicas gravadas por cantoras como Elis Regina e Rita Lee. Como escritor, tornou-se um fenômeno mundial e recebeu numerosos prêmios internacionais, dentre os quais se destaca a Legião de Honra, a mais importante condecoração francesa. Em 2002, foi eleito para a Academia Brasileira de Letras.

PRÓLOGO

O Alquimista pegou um livro que alguém na caravana havia trazido. O volume estava sem capa, mas conseguiu identificar seu autor: Oscar Wilde. Enquanto folheava suas páginas, encontrou uma história sobre Narciso.
O Alquimista conhecia a lenda de Narciso, um belo rapaz que todos os dias ia comtemplar sua própria beleza num lago. Era tão fascinado por si mesmo que certo dia caiu dentro do lago e morreu afogado. No lugar onde caiu, nasceu uma flor, que chamaram de narciso.
Mas não era assim que Oscar Wilde acabava a história.
Ele dizia que quando Narciso morreu, vieram as Oréiades - deusas do bosque - e viram o lago transformado, de um lago de água doce, num cântaro de lágrimas salgadas.
- Por que você chora? - perguntaram as Oréiades.
- Choro por Narciso - disse o lago.
- Ah, não nos espanta que você chore por Narciso - continuaram elas. - Afinal de contas, apesar de contas, apesar de todas nós sempre corrermos atrás dele pelo bosque, você era o único que tinha a oportunidade de contemplar de perto sua beleza.
- Mas Narciso era belo? - perguntou o lago.
- Quem mais do que você poderia saber disso? - responderam, surpresas, as Oréiades. - Afinal de contas, era em suas margens que ele se debruçava todos os dias.
O lago ficou algum tempo quieto. Por fim, disse:
- Eu choro por Narciso, mas jamais havia percebido que Narciso era belo.
"Choro por Narciso porque todas as vezes que ele se deitava sobre minhas margens eu podia ver, no fundo dos seus olhos, minha própria beleza refletida".

"Que bela história", disse o Alquimista.


192 págs.


Coordenação editorial desta edição:
Gold editora ltda.

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