segunda-feira, 12 de março de 2012

O fogo inesquecível inflama almas e corações


Depois da consagração de tantos grupos ingleses e do domínio mundial dos norte-americanos, quem poderia imaginar que a melhor banda de rock da atualidade viria de Dublin, Irlanda? Qualquer um que tenha acompanhado a trajetória do U2, iniciada há 13 anos, poderia prever o fenômeno. O grupo faz discos para seu prazer, e não para agradar os outros, inova-se a cada passo, ao invés de ater-se a fórmulas desgastadas, e assume uma postura simples, mas profunda e honesta, rara nos posers do atual star-system. Com esse perfil, o U2 galgou aos poucos uma carreira brilhante, correta e mundialmente reconhecida, sempre pontilhada pela poesia e pela música da melhor qualidade.

"A culpa é do Larry", costuma brincar Bono. "Ele começou tudo isto." E é verdade. A idéia de formar um grupo de rock partiu do adolescente bateirista, que aos 16 anos colocou um anúncio no mural da escola Mount Temple - a primeira escola "progressiva liberal" da Irlanda - procurando músicos para a tão sonhada banda, Definidos os membros, percebeu-se que o baixista Adam Clayton era o único que já havia participado de outra banda (The Max Quad), de onde foi expulso por indisciplina. Mas nos outros três, o que faltava em experiência sobrava em talento e vontade. Larry Mullen já estava bastante treinado na bateria e Dave Evans (futuramente conhecido com The Edge) tocava guitarra há um bom tempo.

O único que não se encaixava era um jovem instrospectivo e de aspecto meio revoltado chamado Paul Hewson. Ele afirmava veementemente que sabia tocar guitarra, mas logo nos primeiros acordes ficou clara sua inépcia com o instrumento. Que tal cantar?, sugeriu alguém. Cantar? Não, o jovem Hewson nunca havia pensado nisso, porém, como queria muito fazer parte do novo grupo, aceitou a empreitada. Os novos companheiros descobriram então encantados que Paul tinha uma boa voz, (ou, em latim, "Bono Vox"), além de um carisma incrível. Surgia um cantor e uma lenda. Surgia o U2.

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