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Vagueio campos noturnos
Muros soturnos
paredes de solidão
sufocam minha canção
A canção repousa o braço
no meu ombro escasso:
firmam-se no coração
meu passo e minha canção
Me perco em campos noturnos
Rios noturnos
te afogam, desunião,
entre meus pés e a canção
E na relva diuturna
(que voz diurna
cresce cresce do chão?)
rola meu coração
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Nada vos oferto
além destas mortes
de que me alimento
Caminhos não há
Mas os pés na grama
os inventarão
Aqui se inicia
uma viagem clara
para a encantação
Fonte, flor em fogo,
que é que nos espera
por detrás da noite?
Nada vos sovino:
com a minha incerteza
vos ilumino
Ferreira Gullar
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