Dossiê STAN LEE
Por Maurício Muniz
UM QUARTETO - E UM UNIVERSO - FANTÁSTICO
Fonte:
MUNDO DOS SUPER-HERÓIS # 14
JANEIRO/FEVEREIRO 2009
Pág. 26
A partir dos anos 60, Lee entrou para a História, ao criar alguns dos mais importantes personagens do nosso tempo
Por Maurício Muniz
UM QUARTETO - E UM UNIVERSO - FANTÁSTICO
O Universo Marvel como o conhecemos teve início em novembro de 1961, com o lançamento de um grupo de heróis diferentes. Stan Lee já trabalhava na Marvel há 22 anos, usando seu tempo livre para escrever para jornais, TV e outros veículos. Por volta dessa época, pensou em levar mais a sério sua carreira. Até aquele momento, mesmo após duas décadas, Lee acreditava que seu trabalho na editora era apenas temporário.
A Marvel era o tipo de empresa que seguia as tendências. Se o que estava na moda eram histórias de guerra, era isso que a editora lançava. Se o público se interessava por romance, era para esse gênero que os esforços eram dirigidos. Como no começo dos anos 60 a onda eram as HQs de monstros gigantes que ameaçavam a humanidade, a tarefa de Lee era produzir ou ajudar a criar histórias simplistas com seres gigantes e malvados.
Até que um dia, enquanto considerava como melhorar sua carreira nos quadrinhos, Lee foi chamado por Martin Goodman. O dono da Marvel comentou que um título da DC Comics estava vendendo muito bem. Tratava-se da Liga da Justiça, grupo que reunia alguns dos principais heróis daquela editora. "E se criássemos algo parecido?", propôs Goodman. Lee pensou logo numa equipe de aventureiros com poderes incríveis, mas diferente dos que já existiam no mercado. Para começar, os personagens não teriam identidades secretas ou uniformes - pelo menos a princípio. O grupo seria formado por um jovem casal de noivos e o irmão jovem da moça, alguém com quem as crianças pudessem identificar-se. E, para completar, o último integrante seria uma figura trágica, um herói preso num corpo monstruoso.
Assim surgiu o supergrupo formado por Reed Richards, o Senhor Fantástico, cujo corpo elástico poderia assumir quase qualquer forma. Sua companheira era Sue Storm, a Mulher-Invisível, que ganhava a habilidade de não ser vista quando assim desejasse e de criar campos de força poderosos. O irmão da moça era Johnny Storm, que tinha o poder de envolver seu corpo em chamas, voar e lançar bolas de fogo: o Tocha Humana. E o integrante final era Ben Grimm, um piloto no voo espacial que acabou dando poderes a todos quando foram atingidos por raios cósmicos. Grimm ganhou força sobre-humana, mas seu corpo foi transformado em pedra, acabando com todas as chances de uma vida normal.
Mais do que criar um grupo de aventureiros, desenhados e cocriados pelo brilhante Jack Kirby, Lee inventou um estilo que tomaria de assalto a indústria. Os membros do Quarteto Fantástico não eram personagens infalíveis que só precisam preocupar-se em enfrentar vilões. Eles eram pessoas quase reais, com dúvidas e problemas com os quais os leitores podiam se identificar.
Os fãs de quadrinhos abraçaram o novo conceito e o transformaram num grande sucesso. Era o início do Universo Marvel e, com todo aquele dinheiro entrando, ficou claro que a editora precisava colocar mais super-heróis nas bancas.
A Marvel era o tipo de empresa que seguia as tendências. Se o que estava na moda eram histórias de guerra, era isso que a editora lançava. Se o público se interessava por romance, era para esse gênero que os esforços eram dirigidos. Como no começo dos anos 60 a onda eram as HQs de monstros gigantes que ameaçavam a humanidade, a tarefa de Lee era produzir ou ajudar a criar histórias simplistas com seres gigantes e malvados.
Até que um dia, enquanto considerava como melhorar sua carreira nos quadrinhos, Lee foi chamado por Martin Goodman. O dono da Marvel comentou que um título da DC Comics estava vendendo muito bem. Tratava-se da Liga da Justiça, grupo que reunia alguns dos principais heróis daquela editora. "E se criássemos algo parecido?", propôs Goodman. Lee pensou logo numa equipe de aventureiros com poderes incríveis, mas diferente dos que já existiam no mercado. Para começar, os personagens não teriam identidades secretas ou uniformes - pelo menos a princípio. O grupo seria formado por um jovem casal de noivos e o irmão jovem da moça, alguém com quem as crianças pudessem identificar-se. E, para completar, o último integrante seria uma figura trágica, um herói preso num corpo monstruoso.
Assim surgiu o supergrupo formado por Reed Richards, o Senhor Fantástico, cujo corpo elástico poderia assumir quase qualquer forma. Sua companheira era Sue Storm, a Mulher-Invisível, que ganhava a habilidade de não ser vista quando assim desejasse e de criar campos de força poderosos. O irmão da moça era Johnny Storm, que tinha o poder de envolver seu corpo em chamas, voar e lançar bolas de fogo: o Tocha Humana. E o integrante final era Ben Grimm, um piloto no voo espacial que acabou dando poderes a todos quando foram atingidos por raios cósmicos. Grimm ganhou força sobre-humana, mas seu corpo foi transformado em pedra, acabando com todas as chances de uma vida normal.
Mais do que criar um grupo de aventureiros, desenhados e cocriados pelo brilhante Jack Kirby, Lee inventou um estilo que tomaria de assalto a indústria. Os membros do Quarteto Fantástico não eram personagens infalíveis que só precisam preocupar-se em enfrentar vilões. Eles eram pessoas quase reais, com dúvidas e problemas com os quais os leitores podiam se identificar.
Os fãs de quadrinhos abraçaram o novo conceito e o transformaram num grande sucesso. Era o início do Universo Marvel e, com todo aquele dinheiro entrando, ficou claro que a editora precisava colocar mais super-heróis nas bancas.
Fonte:
MUNDO DOS SUPER-HERÓIS # 14
JANEIRO/FEVEREIRO 2009
Pág. 26
Veja também:
A QUEDA DOS HERÓIS
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