quinta-feira, 29 de setembro de 2011

3. SUCESSO NAS BANCAS E PRIMEIROS IMITADORES

DOSSIÊ SUPERMAN ANOS 1930/40

Um início promissor

Já nas primeiras edições, surgiram a rica mitologia e as polêmicas de bastidores

Por Antônio Luiz Ribeiro

A partir da edição 4, a revista Action Comics teve um substancial aumento de vendas. Em pouco tempo já alcançava a marca de 500 mil exemplares e, em 1941, passava dos 900 mil por mês. Tanto que em 1939 a National tratou logo de criar outra revista, chamada apenas Superman, que alcançou a incrível circulação de 1,25 milhões de exemplares. No mesmo ano, surgiram as tiras de jornal e a empresa onde Kent trabalhava passou a se chamar Planeta Diário, pois descobriu-se que existia um jornal de verdade intitulado Estrela Diária.

Em 1940, estreou o popularíssimo programa de rádio As aventuras do Superman, responsável pela criação, em 1943, do ponto fraco do herói: o mineral verde kryptonita. Toda essa movimentação em torno do Superman não passou despercebida e logo apareceram imitadores nas bancas, caso de Wonder-Man (editora Fox), Master Man (Fawcett), Steel Sterling (MLJ) e até "um tal de Capitão Marvel", que a National chegou a processar. Em 1956, quando já não trabalhava para a National, o próprio Jerry Siegel criou sua cópia do Super. O herói chamava-se Mr. Muscles (publicado no Brasil no Globo Juvenil Mensal com o nome de Hércules) para a Charlton. Com exceção do Capitão Marvel, nenhum desses heróis bateu o Homem de Aço.

Action Comics (1938) 4-A
Comic Book by DC, Sep 1938

Action Comics (1938) 7-A
Comic Book by DC, Dec 1938

Superman (1939) 1-A
Comic Book by DC, Jun 1939

Fonte: Mundo dos Super-Heróis # 18
Setembro/Outubro de 2009
Pág. 25


Veja também:
CRISE DE IDENTIDADE

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

DINASTIA

Phantom (1962) 1-A
Comic Book by Gold Key, Nov 1962

Logo no primeiro episódio, foi explicado aos leitores que o Fantasma não era imortal, mas integrante de uma longa dinastia, cujo manto era passado de pai para filho. Na primeira aparecem o pai e o avô do herói, em recordatórios. O primeiro, explicou-se mais tarde, foi casado com uma americana, Maude, e o segundo com Janie Cary. Mas o antepassado mais conhecido dos leitores é justamente o patriarca, pois praticamente aparecia na introdução de todo episódio, em flashback.

No decorrer das décadas, Falk criou um background para todos os Fantasmas: o segundo (o conservador) e o terceiro (o ator) em 1971; o quinto (desposou Juliet Adams, pirata americana arrependida) em 2006; o sexto em 1964; o sétimo em 1967; o oitavo (amou uma princesa mongol, Vhatta) em 1991; o nono em 1977; o 10. e o 15. em 1978; o 11. e o 13. (apaixonou-se por Jeanette, irmã do pirata Jean Lafitte) em 1994; o 16. (casou-se com Annie Morgan) em 1994; o 17. em 1952; e o 18. em 1958.

Pouco se sabe sobre o 12. e o 14. Fantasmas, a não ser especulações. O 12. chegou a aparecer em HQs europeias não-oficiais.

Por Antônio Luiz Ribeiro

Phantom (1962) 7-A
Comic Book by Gold Key, May 1964

Phantom (1962) 2-A
Comic Book by Gold Key, Feb 1963

MUNDO DOS SUPER-HERÓIS #20 - Janeiro/Fevereiro de 2010 - Editora Europa.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

THANOS

ARAUTO DA
morte


Thanos 7-A
Comic Book by Marvel, May 2004

Thanos é um vilão capaz de qualquer coisa para agradar sua grande paixão: a Morte em pessoa

Por André Morelli

Criado em 1973, o vilão espacial Thanos fez sua estreia em Iron Man 55, de 1973, numa história escrita e desenhada pelo então novato Jim Starlin. Na trama, o Homem de Ferro se vê envolvido numa luta com o misterioso vilão, que construiu uma base na Terra. Oriundo de uma sociedade altamente avançada, que vive em um paraíso tecnológico nos subterrâneos de Titã, a maior Lua de Saturno, Thanos sempre se achou diferente dos demais, não só devido a sua aparência não-humana, mas por sua fascinação pela violência, destruição e principalmente morte, conceitos que iam contra tudo o que pregava a filosofia de seu povo.

Captain Marvel (1968) 25-A
Comic Book by Marvel, Mar 1973

Considerado uma ameaça, o titã foi exilado e vagou pelo universo por 80 anos. Nesse período, reuniu um mortífero arsenal e formou um exército composto por perigosos mercenários. Quando retornou, Thanos lançou um ataque nuclear que matou milhões e se tornou o novo líder de Titã. Mas o vilão tinha planos maiores do que dominar seu mundo. Durante seu exílio no espaço, um encontro com a personificação da Morte (uma mulher de manto e capuz) despertou no vilão uma paixão irracional. Desde então, Thanos passou a se guiar com um único objetivo: causar grandes genocídios para se mostrar digno do amor da Morte. O roteirista Jim Starlin afirmou em entrevistas que o conceito de Thanos surgiu no período em que o artista estudou psicologia, em especial o mito de Thanatos, o deus grego da morte, usado por Freud para descrever a obsessão de algumas pessoas pela morte. Com a mudança de Starlin para a revista do herói espacial Capitão Marvel, o artista viu a chance de criar uma grande saga com seu vilão. A partir de Captain Marvel 25 (1973), é revelado que Thanos está à procura do Cubo Cósmico, artefato criado na Terra e capaz de realizar qualquer desejo. Um grupo formado pelo Capitão Marvel, os Vingadores e Drax (um guerreiro criado em Titã para destruir o vilão) corre contra o tempo, mas não impede o titã de encontrar o Cubo e adquirir os poderes de um deus. Com o universo em perigo, um último esforço do Capitão Marvel destrói o artefato e retira os poderes do vilão.

continua...
Captain Marvel (1968) 28-A
Comic Book by Marvel, Sep 1973

Nome: Thanos de Titan
Altura: 2,04 m
Peso: 446 kg
Cabelo: não tem
Olhos: vermelhos
Crimes: genocídio
Primeira aparição: Iron Man 55 (1973)

Iron Man (1968) 55-A
Comic Book by Marvel, Feb 1973

FONTE: MUNDO DOS SUPER-HERÓIS #21
Abril/Maio de 2010
Págs. 56-57

PRIMEIROS ANOS

Os principais fatos na carreira de um dos heróis de maior sucesso nos quadrinhos

Tales of Suspense (1959) 40-A
Comic Book by Marvel, Apr 1963

Dossiê (ANOS 1960)

O Homem de Ferro recebeu alguns aprimoramentos importantes logo no início de sua carreira

Por Eduardo Marchiori

Troca de armaduras

Desde sua concepção, Stan Lee planejava fazer o Homem de Ferro um personagem suscetível a mudanças. Tanto que o herói não foi lançado em título próprio até que fosse adotado um visual definitivo para sua armadura. A primeira mudança veio logo na segunda história do personagem. Em Tales of Suspense 40, o herói deixou de ser cinzento para ficar dourado. A explicação para a mudança foi que a armadura cinza tinha um impacto negativo nas pessoas, fazendo com que em vez de se sentirem protegidas elas tivessem medo do herói. O dourado foi escolhido por lembrar as armaduras dos cavaleiros medievais. O herói permaneceu com esse visual até a edição 48 (dezembro de 1963), quando adotou a imagem vermelha e dourada que mantém até hoje.

Tales of Suspense (1959) 48-A
Comic Book by Marvel, Dec 1963

Nesta segunda mudança, o vingador Dourado enfrentou o Senhor Boneco, um vilão que criava bonecos de argila, capaz de controlar qualquer um que fosse representado no artefato. Apesar da semelhança com o Mestre dos Bonecos, inimigo do Quarteto Fantástico, tratava-se de outro personagem. Controlado pelo vilão, o Homem de Ferro foi facilmente derrotado e achou que sua armadura era pesada demais e prejudicava seus movimentos. Dessa forma, desenvolveu um traje mais leve e tecnologicamente mais avançado, algo que repetiria diversas vezes ao longo da trajetória do herói, para que sua roupa se mantivesse sempre atual.

Um dos desafios enfrentados pela equipe criativa do Homem de Ferro foi demonstrar as emoções de um personagem que não tinha expressão facial. Nos primeiros números, a solução foi fazer orifícios grandes no capacete do herói para que os leitores pudessem ver os olhos de Stark por baixo do elmo. A técnica deu resultado mas, com o passar do tempo e a troca dos desenhistas, os artistas passaram a fazer inclinações sutis nos olhos e na boca do herói, como se a máscara pudesse franzir as sobrancelhas ou reproduzir o sorriso de Stark.

Tales of Suspense (1959) 55-A
Comic Book by Marvel, Jul 1964

A edição 55 de Tales of Suspense (julho de 1964) trazia uma explicação bem interessante sobre como o empresário conseguia carregar sua armadura completa dentro de uma maleta tão pequena. Como o colete mantinha seu coração funcionando, Stark usava-o por baixo da roupa. Na maleta, ele carregava apenas as luvas, botas e elmo. Além disso, a parte dourada dos braços e pernas era feita de cota de malha - o mesmo material das roupas dos cavaleiros da Idade Média e, por isso, podiam ser facilmente dobradas e acondicionadas na mala. Ligadas às luvas e botas, essas partes eram unidas magneticamente ao colete. O cinto flexível trazia os transistores que forneciam a energia necessária à armadura.
.

FONTE:
MUNDO DOS SUPER-HERÓIS # 22
JULHO/AGOSTO 2010

Pág. 22

Veja também:
HERÓI INVENCÍVEL

Lançamento histórico

Detective Comics 1

Em 1938, Jack Liebowitz fundou outra empresa de quadrinhos, a All-American Publications, desta vez em parceria com Maxwell Charles "Charlie" Gaines, um dos criadores do moderno comic book.

Essa associação de Liebowitz com a Detective Comics e a All-American gerou uma relação interessante, pois as duas editoras independentes partilhavam o mesmo logotipo e os mesmos materiais. A All-American era uma espécie de editora-irmã da Detective, embora tivesse administração independente. Por esse motivo, foi Gaines quem indicou a Donelfeld e Liebowitz uma nova HQ de dois colaboradores da casa, Jerry Siegel (roteiro) e Joe Shuster (arte). O trabalho chamava-se Superman.

Os dois garotos não eram desconhecidos, pois já tinham colaborado na revista Detective Comics. Siegel e Shuster não queriam Superman publicado em um gibi. Sonhavam em vê-lo nas gloriosas tiras dos jornais da época, mas enfrentavam dificuldades para vender seu trabalho aos distribuidores.

Por outro lado, Gaines, um empresário de visão, olhou para Superman com simpatia. Donelfeld e Liebowitz também aprovaram o material, desde que Siegel e Shuster adaptassem-no do formato de tiras de jornais para o de revista.

Enfim, a Detective Comics lançou Superman como uma HQ de 13 páginas na nova revista Action Comics 1, datada de junho de 1938. O número de estreia foi comandado pelo editor Vin Sullivan, o mesmo do número 1 da revista Detective Comics. Ninguém estava preparado para o sucesso estrondoso que Superman traria para a empresa...

Action Comics 1

Fonte:
Mundo dos SUPER-HERÓIS # 23
Setembro/outubro de 2010
pág. 15

domingo, 18 de setembro de 2011

Grande sucesso na DC

Primeiros passos

Jack Kirby não teve um início de carreira dos mais fáceis. Mesmo assim, logo se destacou no mercado de gibis

Por Maurício Muniz

Adventure Comics (1938) 72-A
Comic Book by DC, Mar 1942


Em março de 1942, surgiu o primeiro trabalho de Simon e Kirby para a DC, na época a mais importante editora de HQs nos Estados Unidos. De olho no sucesso do Capitão América, Jack Liebowitz, o dono da DC, cortejou a dupla quando ela ainda estava na Timely, até os jovens aceitarem o convite.

O trabalho de estreia saiu na revista Adventure Comics 72. Era uma reformulação do herói Sandman, que se tornou mais parecido com os personagens da época, de malha apertada e máscara. Sandman alcançou popularidade e Simon e Kirby fizeram suas histórias para outras revistas, como Detective Comics e World's Finest Comics. Na edição 73 de Adventure Comics, de 1942, a dupla apresentou a série Manhunter, com um caçador de animais que tem uniforme vermelho e combate o crime. Já em Star Spangled Comics 7, surgiram os vendedores de jornais da Newboy Legion e o herói que sempre os tirava de encrencas: o Guardião - ele também tinha um escudo e, anos mais tarde, se tornaria importante nas histórias do Superman.

Adventure Comics (1938) 73-A
Comic Book by DC, Apr 1942

Mas o maior sucesso da dupla na DC foi Boys Commandos, sobre um grupo de garotos órfãos que luta em várias frentes da 2a. Guerra Mundial, sob o comando do Capitão Rip Carter. O grupo estreou na edição 64 de Detective Comics, em 1942 e, devido à grande aceitação, ganhou série própria no final daquele ano. Boys Commandos passou a vender mais de um milhão de cópias mensalmente e tornou-se o terceiro maior sucesso da DC, perdendo apenas para Superman e Batman. Temendo que Kirby e Simon fossem convocados para a guerra e interrompesem a produção da série, Jack Liebowitz insistia para Kirby desenhar, no mínimo, cinco páginas por dia, a fim de ter bastante material caso o artista tivesse que viajar à Europa para lutar contra os nazistas. E foi exatamente o que aconteceu. Em 1943, Jack Kirby foi convocado para o exército.

Detective Comics (1937) 64-A
Comic Book by DC, Jun 1942

Fonte:
MUNDO DOS SUPER-HERÓIS # 25
JANEIRO/FEVEREIRO 2011
Pág. 26




Veja também:
O NOME QUE VIROU LENDA (STAN LEE)

MARVEL MAX 81

# 81 (MAIO/2010)
R$ 8,90
124 páginas
Panini Comics
ÚLTIMO NR.

Em outubro de 1971, a Quinta Cavalaria vomitou suas tropas num monte vietnamita isolado e se deparou com uma cena de completa devastação. A contagem final dos corpos ficou muito acima de 700... quase 200 deles soldados americanos. Sozinho de pé em meio à carnificina, um único sobrevivente: o capitão Frank Castle, que anos depois seria conhecido como o vigilante mais temido do planeta, o Justiceiro.

Oito oficiais do Exército e da Força Aérea que estão dispostos a colocar qualquer coisa entre eles e as balas do Justiceiro bolaram o plano perfeito para eliminá-lo, um plano que envolve oponentes nos quais Frank Castle jamais atiraria: soldados norte-americanos.
Ao custo de muitos ossos quebrados, eles implantaram um dispositivo rastreador no Justiceiro. Enquanto os soldados contundidos planejam seu próximo ataque, o rastreador é ligado novamente. Seguindo o sinal, eles chegam a um cemitério, onde encontram o Justiceiro, que tem uma única exigência:
falar com o oficial que dá as ordens.

Frank revela ao coronel Howe, o oficial no comando, que seus comandantes não passam de criminosos comuns... e ele tem a prova pela qual eles estão dispostos a matar para esconder. Não satisfeitos em obter somente essa informação e não seu alvo em si, a força-tarefa ataca o Justiceiro e finalmente consegue levá-lo prisioneiro. Agora que capturou seu homem, Howe deve decidir o que vai fazer com ele...


Punisher (2004) 59-A
Comic Book by Max, Sep 2008

JUSTICEIRO
VALLEY FORGE, VALLEY FORGE
PARTE CINCO
Valley Forge, Valley Forge, Part Five
Roteiro: Garth Ennis
Arte: Garon Parlov
Cores: Lee Loughridge
Editor original: Alex Alonso
Editor-chefe original: Joe Quesada
Tradução: Rodrigo Barros/PF
Letras: Gisele Tavares
Editor: Paulo França


Punisher (2004) 60-A
Comic Book by Max, Oct 2008

JUSTICEIRO
VALLEY FORGE, VALLEY FORGE
PARTE CONCLUSÃO
Valley Forge, Valley Forge, Conclusion
Roteiro: Garth Ennis
Arte: Garon Parlov
Cores: Lee Loughridge
Editor original: Alex Alonso
Editor-chefe original: Joe Quesada
Tradução: Rodrigo Barros/PF
Letras: Gisele Tavares
Editor: Paulo França


Terror, Inc. - Apocalypse Soon 4-A
Comic Book by Max, Sep 2009

TERROR LTDA.
DOENTE? OU DOENTE E CANSADO?...
Sick? or Sick and Tired?
Roteiro: David Lapham
Desenhos: Koi Turnbull
Arte-final: Scott Hanna & Mark Pennington
Ilustrações das páginas 60-72: Juan Doe
Cores: C. Garcia, do Sotocolor
Editor original: Alejandro Arbona
Editor-chefe original: Joe Quesada
Tradução e adaptação: Jotapê Martins/PF
Letras: Gisele Tavares
Editor: Paulo França


Marvel Zombies 4 3-A
Comic Book by Marvel, Aug 2009

ZUMBIS MARVEL 4
FILHOS DA MEIA-NOITE
PARTE 3
Marvel Zombies 4: Midnight Sons, Part 3
Roteiro: Fren Van Lente
Ilustrações: Kev Walker
Cores: Jean François-Beaulieu
Editor original: Bill Rosemann
Editor-chefe original: Joe Quesada
Tradução e adaptação: Jotapê Martins/PF
Letras: Gisele Tavares
Editor: Paulo França


Marvel Zombies 4 4-A
Comic Book by Marvel, Sep 2009

ZUMBIS MARVEL 4
FILHOS DA MEIA-NOITE
PARTE 4
Marvel Zombies 4: Midnight Sons, Part 4
Roteiro: Fren Van Lente
Ilustrações: Kev Walker
Cores: Jean François-Beaulieu
Editor original: Bill Rosemann
Editor-chefe original: Joe Quesada
Tradução e adaptação: Jotapê Martins/PF
Letras: Gisele Tavares
Editor: Paulo França

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

CROSSOVERS

Green Lantern/Silver Surfer: Unholy Alliances 1-A
Comic Book by DC, Jan 1995

O Surfista participou de alguns crossovers com outras editoras. O primeiro foi em 1995 com o Lanterna Verde, em Green Lantern/Silver Surfer: Unholy Aliance, quando o tirano Thanos viaja para o Universo DC e engana o Lanterna Kyle Ryner para obter de seu anel; em outro canto do cosmos, o Surfista Prateado é convencido por Parallax (Hal Jordan) de que o passado pode ser refeito. Ao final, o Surfista e Kyle unem forças para impedir que a luta entre Parallax e Thanos coloque toda a existência em risco. Em 1996 foi publicada Silver Surfer/Superman, em que os magos Homem Impossível e Mr. Mxyzptik propõem um jogo em que Superman é enviado a um falso planeta Krypton e o Surfista a uma miniatura de Metrópolis. No final da década de 90, o Surfista também participou de Devil's Reign, crossover entre a MARVEL e a TOP COW.

Silver Surfer/Superman 1-A
Comic Book by Marvel, Jan 1997

Devil's Reign 1-B
Comic Book by Image, Jan 1997

Fonte:
Mundo dos SUPER-HERÓIS # 15
março/abril de 2009
pág. 17

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

X-MEN: ORIGENS AUTOMÁTICAS

Por Maurício Muniz

X-Men (1963) 66-A
Comic Book by Marvel, Mar 1970


Se era um problema criar origens interessantes para os heróis Marvel, que tal fazer com que alguns deles já nascessem com poderes, graças a evolução genética de nossa espécie? Essa foi a ideia para um grupo de jovens mutantes, liderados por um mentor mais velho e preso a uma cadeira de rodas, que lutava para ser aceito num mundo que não o compreendia - em grande parte graças às ações de mutantes malignos como Magneto, que criavam um clima de tensão entre as espécies.

A revista onde surgiram Ciclope, Garota Marvel, Fera, Anjo, Homem de Gelo e Professor X foi lançada em setembro de 1963 e, ao contrário do que se poderia imaginar, não trazia a palavra "mutantes" no título. Martin Goodman, o "brilhante" dono da Marvel, achava que essa palavra não teria significado algum para os leitores e pediu a Lee um outro nome. Após quebrar a cabeça, o roteirista surgiu com X-Men, que significava "Homens com algo Extra". Mais uma vez, o desenhista da série foi Jack Kirby.

A revista foi um sucesso moderado e histórias inéditas foram canceladas na edição 66. Os números seguintes foram republicações até a revista ser cancelada na edição 93. Era essa a prova de que Stan Lee nem sempre acertava? Talvez, mas é impossível esquecer que a série voltaria no meio da década de 70, tornando-se um dos maiores sucessos da história dos quadrinhos em todos os tempos.

X-Men (1963) 93-A
Comic Book by Marvel, Apr 1975


X-Men (1963) 94-A
Comic Book by Marvel, Aug 1975


Fonte:
MUNDO DOS SUPER-HERÓIS # 14
JANEIRO/FEVEREIRO 2009

Pág. 31



Veja também:
UM INÍCIO MODESTO

WOLVERINE 82

Publicado em: setembro de 2011

terça-feira, 6 de setembro de 2011

STEPHEN STRANGE, UM HERÓI MÍSTICO

Por Maurício Muniz

Strange Tales (1951) 110-A
Comic Book by Marvel, Jul 1963

Segundo Stan Lee, a inspiração para o Dr. Estranho saiu de sua infância. Ao lembrar do personagem Chandu, o Mago, astro de um programa de rádio, o roteirista teve a ideia de criar um herói que dominasse as artes místicas. Como todo personagem da Marvel tinha uma tragédia em seu passado, com o Dr. Estranho não seria diferente. Após perder a habilidade com as mãos num acidente automobílistico, o cirurgião Stephen Strange sai pelo mundo atrás de uma cura e chega à Índia, em busca do Ancião, um místico que poderia curá-lo. Mas o que o Ancião fez foi tornar o arrogante médico seu discípulo e, com o tempo, Strange tranformou-se no Dr. Estranho, campeão das artes místicas. Para dar mais credibilidade ao personagem, Lee criou uma série de nomes estranhos, que achava apropriados para um mago proferir: Agamotto, Dormammu e Hoggoth eram alguns.

A primeira história do Dr. Estranho a ser publicada, na edição 110 de Strange Tales, em julho de 1963, não apresentava sua origem, mas sim uma aventura curta contra o vilão dimensional Pesadelo. A origem seria apresentada cinco meses depois, na edição 115 da revista. Steve Ditko, com seu apuro visual e facilidade para criar cenários surreais, foi escolhido como o desenhista regular da série.

Strange Tales (1951) 115-A
Comic Book by Marvel, Dec 1963

Doctor Strange (1968) 170-A
Comic Book by Marvel, Jul 1968


Fonte:
MUNDO DOS SUPER-HERÓIS # 14
JANEIRO/FEVEREIRO 2009

Pág. 30



Veja também:
STAN LEE

domingo, 4 de setembro de 2011

BARREIRA CÓSMICA

Silver Surfer (1968) 16-A
Comic Book by Marvel, May 1970

Escudo invísivel criado por Galactus para aprisionar o Surfista Prateado na Terra. A barreira cósmica ficava localizada a pouco mais de 11 km de altitude e se tornou um dos elementos mais recorrentes na mitologia do herói. Nas poucas vezes em que conseguiu romper o escudo, foi obrigado a voltar à Terra por algum motivo: a ameaça de Estranho; a exaustão do seu poder causada pelo esforço de furar o bloqueio, para salvar a vida de Bruce Banner depois de haver drenado dele a energia gama, e o resgate de sua amada Shalla-Bal das mãos do demônio Mefisto. A liberdade definitiva veio em 1987 (Silver Surfer vol. 3 número 1) e espantou pela simplicidade: a barreira atuava sobre a prancha e não sobre seu corpo. A bordo de uma nave do Quarteto Fantástico, o herói alcançou a liberdade e converteu sua prancha em energia, fazendo com que ela passasse pela barreira. Em seguida, o Surfista ajudou Galactus a resgatar seu arauto Nova das mãos dos Skrulls e foi perdoado com a remoção da barreira.

Silver Surfer (1987) 1-A
Comic Book by Marvel, Jul 1987

Fonte:
Mundo dos SUPER-HERÓIS # 15
março/abril de 2009
pág. 17

MEU NOME É FURY, NICK FURY

Por Maurício Muniz

Sgt. Fury and His Howling Commandos 1-A
Comic Book by Marvel, Dec 1963

Em meio a tantos super-heróis que surgiam com sucesso da Marvel, a editora encontrou espaço para lançar aventuras passadas na Segunda Guerra. A primeira edição de Sgt. Fury and His Howling Commandos surgiu em maio de 1963, contanto as aventuras do Sargento Nick Fury e seu pelotão, que enfrentava nazistas na Europa nos anos 40. A revista, criada por Stan Lee e Jack Kirby, foi um sucesso e muitos leitores inundavam a Marvel com cartas que perguntavam "O Sargento Fury ainda está vivo nos dias de hoje?".

Lee começou a imaginar como lançar uma nova revista. Fã de James Bond e da série televisiva O Agente da UNCLE, ele imaginou que o desenvolvimento lógico para o herói de guerra era tornar-se um espião. Assim, em Strange Tales #135, em 1965, os fãs do personagem descobriram que Fury estava vivo e bem nos anos 60, atuando como um agente da SHIELD - uma sigla inspirada pelo nome da organização secreta do seriado de TV. A série Nick Fury, Agent of SHIELD, produzida por Lee e Kirby, teve boa repercussão, mas tornou-se um sucesso maior ainda quando o excepcional desenhista Jim Steranko a assumiu tempos depois.

Uma curiosidade: a Hidra - organização terrorista enfrentada por Fury - parecia inspirada em um poderoso grupo de criminosos enfrentados pelo Sombra, o herói dos pulps, que tinha o mesmo nome e o mesmo lema: "Quando um de nossos membros cair, dois outros tomarão seu lugar".

Strange Tales (1951) 135-A
Comic Book by Marvel, Aug 1965

Nick Fury, Agent of S.H.I.E.L.D. (1968) 1-A
Comic Book by Marvel, Jun 1968


Fonte:
MUNDO DOS SUPER-HERÓIS # 14
JANEIRO/FEVEREIRO 2009

Pág. 30



Veja também:
NAMOR, O SENHOR DOS MARES

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

HOMEM DE FERRO: ELÉTRICO, ATÔMICO E GENIAL

Por Maurício Muniz

Tales of Suspense (1959) 39-A
Comic Book by Marvel, Mar 1963

Stan Lee e a Marvel uniram-se ao esforço patriótico durante a Guerra do Vietnã criando um herói que teve sua origem graças ao conflito. Já era algo comum na Marvel usar a Guerra Fria de cenário, como no caso do Quarteto Fantástico e do Hulk. Lee reclamava que o mais difícil era criar constantemente novas origens para os heróis. Raios cósmicos, Bombas Gama e aranhas radioativas já tinham sido usadas, assim como heróis que eram cientistas, homens comuns ou adolescentes. Em busca de algo diferente, ele imaginou Tony Stark, um herói bilionário, que era feito refém no Vietnã por um maligno general e obrigado a criar uma poderosa armadura para escapar. Nascia o Homem de Ferro.

Mas, como era usual na Marvel, o personagem deveria ter algum defeito ou problema que o deixasse menos perfeito. A solução foi obrigar o herói a vestir constantemente um colete magnético que afastava um estilhaço de bomba do seu coração. O desenhista inicial da série foi o competente Don Heck, que deu forma a visão de Lee na revista Tales of Suspense #39, de 1963. No início, a armadura do Homem de Ferro era cinza, mas com o tempo adquiriu as cores vermelha e amarela, que se tornaram a marca do personagem.

Tales of Suspense (1959) 43-A
Comic Book by Marvel, Jul 1963

Fonte:
MUNDO DOS SUPER-HERÓIS # 14
JANEIRO/FEVEREIRO 2009

Pág. 29



Veja também:
HULK, O MONSTRO DAS CORES CONFUSAS